O pessoal do WikiLeaks acordou com uma surpresa desagradável nesta quinta-feira, 31, porque, ao tentar acessar seu site, a organização percebeu que ele teve sua página inicial substituída por uma mensagem do OurMine.

Esse grupo ficou bastante famoso no meio do ano passado, quando saiu invadindo perfis de gente do mercado de tecnologia nas redes sociais. Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Jack Dorsey e Dick Costolo (Twitter) estavam entre as vítimas.

O OurMine estava quieto até que, recentemente, atacou a HBO no Twitter, sempre mantendo o discurso de que estava apenas “testando” a segurança de seus alvos.

No caso do WikiLeaks, o grupo revelou que sua ação é uma resposta direta a um “desafio” proposto pela organização comandada por Julian Assange. “Lembra quando vocês nos desafiaram a hackear vocês?”, dizia a mensagem postada na página.

Pelo Twitter, o WikiLeaks afirmou que não teve seus servidores comprometidos. O que provavelmente aconteceu foi um ataque aos servidores de DNS ligados ao site; a tática consiste em convencer as máquinas de que elas precisam levar os visitantes a um lugar específico — no caso, um controlado pelo OurMine —, e não àquele em que o site está realmente hospedado.

Esta não é a primeira vez que as duas organizações se chocam. No final de 2015, o Ourmine realizou um ataque DDoS contra o Wikileaks, fazendo com que o site de Julian Assange ficasse fora do ar. Na época, o Anonymous solicitou ao OurMine que parasse o ataque porque o grupo de hackers anônimos estaria realizando uma “pesquisa importante” no WikiLeaks.

Como o pedido não deu resultado, o Anonymous publicou dados de uma pessoa que diziam ser quadro do OurMine — que respondeu alegando que aquilo tudo era falso.

Em julho do ano seguinte, o OurMine voltou a abater o WikiLeaks, tirando-o do ar por um dia inteiro. Na época, o grupo afirmou que a ação era uma resposta ao Anonymous porque que um de seus membros supostamente passara seis meses atacando a organização.

E agora a rixa foi retomada — tanto que a mensagem deixada hoje na página do WikiLeaks faz menção ao Anonymous. Até o momento em que este texto está sendo escrito, o site do WikiLeaks ainda não voltou ao normal, mas ele aparece como inacessível, e não como hackeado.