Um relatório recente da McAfee mostra a atual situação do mercado negro da Deep Web e o cibercrime. O estudo mostra que é possível comprar contas de serviços online por assinatura por mixarias como US$ 0,50 por uma conta ativa e funcional da Netflix. Roubada, é claro.
Mas não é só a Netflix e seus usuários legítimos que são atingidos. Os mercados do lado sombrio da web vendem contas ativas (e, novamente, roubadas) de Spotify, HBO Now, HBO Go, etc. São serviços que normalmente custariam entre US$ 10 e US$ 15 por mês, mas aos quais a deep web fornece acesso “vitalício” por um pagamento mínimo.
“Vitalício”? Sim, por toda a vida. Você pode suspeitar que uma conta roubada destes serviços não deve durar muito, e você provavelmente está certo. As empresas têm meios de perceber acessos indevidos, e os próprios usuários legítimos podem observar atividades suspeitas em suas contas, o que faria com que eles mudassem suas senhas e cancelassem o acesso irregular. No caso de contas criadas com informações de cartões de crédito roubados, também não é difícil para os donos dos cartões notarem coisas estranhas em suas faturas.
No entanto, por mais bizarro que pareça, o mundo do cibercrime também tem SAC, o serviço de atendimento ao consumidor. Por se tratar de uma atividade bastante concorrida, os vendedores se preocupam, sim, com a satisfação do cliente. Então, eles oferecem “garantias”: se a conta parar de funcionar, outra é oferecida no lugar, tornando o acesso vitalício.
“Eu não quero falar que a transação é livre de riscos, mas eles tentam torná-las o mais livre de riscos possível”, explica ao Tech Insider Raj Samani, diretor de tecnologia da Intel Security, notando também que uma das lojas chega a ter seu próprio suporte técnico.
O site chegou a verificar a loja e encontrou contas “vitalícias” da Netflix à venda por US$ 0,50, e do Spotify por US$ 1,95.