Chineses passarão por registro facial para se cadastrar na internet

Medida é considerada, por muitos, uma nova forma de censura e controle do governo chinês sobre as atividades online
Redação10/10/2019 16h33, atualizada em 10/10/2019 17h07

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As empresas de tecnologia na China digitalizarão o rosto de qualquer pessoa que se inscreva no serviço de internet ou em um novo número de celular a partir de dezembro, informa a Quartz. A medida segue uma legislação introduzida pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação em setembro.

A nova obrigatoriedade surge, supostamente, para evitar fraudes e “guardar os legítimos direitos e interesses dos cidadãos no ciberespaço”. Contudo, dado o histórico da China de controle e espionagem de seus cidadãos e a censura online que ocorre no país, a medida parece mais com uma ferramenta de controle das autoridades.

A internet chinesa continua sendo fortemente censurada, inclusive o acesso a muitos sites internacionais e plataformas de mensagens ainda é bloqueado, como o Facebook e o Twitter. Alguns críticos argumentam que a nova regra mina a liberdade pessoal e pode, até mesmo, contribuir para vazamentos de identidade.

O governo chinês não é novato nas tecnologias de reconhecimento facial. Um sistema muito orwelliano (referência ao livro 1964, de George Orwell) já vigia os cidadãos para garantir que eles não saiam da linha. Você pode encontrar essas câmeras de vigilância com tecnologia de identificação facial nas ruas e até mesmo na frente de banheiros.

A China não é a única apostando na nova tecnologia. A França também quer usar reconhecimento facial como forma de identidade digital.

Via: Futurism

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital