Nesta quarta-feira, 15, a Casa Branca lançou uma nova ferramenta para que seja usado pelas pessoas que julgarem serem vítimas de censura e que foram banidas ou suspensas de redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube, Twitter ou outras. A iniciativa é baseada na constante acusação de conservadores norte-americanos de sofrerem uma perseguição ideológica nessas plataformas.
“Muitos norte-americanos viram suas contas suspensas, banidas ou denunciadas de forma fraudulenta por ‘violações’ incertas de políticas de usuários [das empresas]”, diz a página da ferramenta. “Não importa a sua opinião, se você suspeitar que o preconceito político causou tal ação contra você, compartilhe sua história com o presidente [Donald] Trump”.
Nos últimos meses, os republicanos têm criticado as políticas de uso de redes sociais, alegando que conservadores estão sendo injustamente censurados nas plataformas. Comissões parlamentares realizaram audiências sobre a suposta censura causada unicamente por ideologia, na qual legisladores questionaram empresas como o Facebook e o Twitter sobre o preconceito que acreditam ser alvos.
O modo como as redes sociais gerenciam a atividade dos usuários é um tema comum nos debates do governo dos EUA. No mês passado, o presidente Trump se reuniu com o fundador e CEO do Twitter, Jack Dorsey, inicialmente para discutir a saúde da plataforma. No entanto, a imprensa norte-americana relatou que Trump passou uma parte significativa da discussão reclamando que ele estava perdendo seguidores.
A nova ferramenta da Casa Branca vem com a intenção de enfrentar e deslegitimar as políticas das redes sociais. Solicita aos usuários capturas de tela e links do conteúdo considerados ofensivos pelas plataformas em que foram divulgados. Fornece também um campo para as pessoas descreverem as imposições da empresa contra elas. A página enfatiza aos usuários que o formulário é voltado apenas para coleta de informações. Isso quer dizer que as denúncias relatadas não devem ser levadas adiante em processos judicias.
Para utilizar o recurso, usuários devem fornecer informações pessoais. Também convida as pessoas a aceitarem receber boletins informativos do presidente Trump por e-mail, “para que possamos atualizá-lo sem depender de plataformas como Facebook e Twitter”. Isso deixa claro a intenção da plataforma de travar um ataque às redes sociais.
Via: The Verge