Os internautas brasileiros são os mais vulneráveis aos ciberataques entre os países da América Latina. Segundo dados divulgados durante a 7ª Conferência Latino-americana de Analistas de Segurança da empresa Kaspersky, 53% dos ataques acontecem no Brasil, seguido pelo México, com 17%, e Colômbia, com 9%.
Entre os dias 1º de janeiro e 31 de agosto de 2017, foram registrados 677 milhões de ameaças cibernéticas na região da América Latina – o número é 59% maior do que o registrado no ano passado, quando foram identificados 398 milhões de ataques. Isso significa que, em média, nos primeiros oito meses do ano aconteceram 117 ataques por hora (ou 33 ataques por segundo), sendo que 85% foram através de páginas da web e 15%, através de e-mail.
Segundo o analista sênior de segurança da Kaspersky Fábio Assolini, o crescimento do número de ameaças é algo já esperado, pois é uma região que está em desenvolvimento e onde as pessoas estão se conectando cada vez mais à internet.
Os números em relação ao Brasil são altos, mas Assolini também afirma que é algo natural, pois o país é o maior da América Latina e tem um número maior de pessoas conectadas. Quando considerada a correlação entre os números de ataques e de internautas, o Brasil conta com 30% das ameaças, enquanto Honduras sofre com 23% e Panamá, com 22%.
O Brasil também se destaca com a quantia de ataques offline, que são feitos através de pen drives infectados e crackers de programas piratas. Ao todo, 61% dos ciberataques que acontecem no Brasil são no modo offline; Honduras mais uma vez se destaca ao aparecer em segundo lugar com 59% dos ataques, seguido pelo Peru, com 58%.
Além disso, 84% dos conteúdos malicioso espalhados na região estão hospedados no Brasil.