Nesta quarta-feira (11), foi revelado que o antivírus Avast coletou mais de 400 milhões de dados de navegação de usuários, com o objetivo de vendê-las a terceiros – principalmente para anunciantes. O ponto mais crítico desta situação é que a empresa realiza essa atividade desde 2013. Portanto, não é esperado o desconhecimento de tantas pessoas.

O CEO da Avast, Ondrej Vlcek, explica que a coleta de dados é comum e geralmente é usada para proteger a privacidade dos usuários, uma vez que as informações são anonimizadas. Tudo indica que essa prática é mais comum do que parece, sendo que outras empresas do ramo fazem o mesmo há muito tempo.

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Apesar da aparência ilegal, as empresas geralmente notificam essas ações em detalhes em seus termos de uso, como aponta o site Xataka. Por mais que a coleta de dados com intenções comerciais não tenha muito a cara de uma empresa relacionada à segurança nas redes, a própria Avast explica que isso não representa nenhum risco a longo prazo para os usuários. Os dados são coletados através de extensões adicionadas nos navegadores, dedicadas a extrair o URL dos sites visitados.

E a transparência?

Vlcek foi enfático ao afirmar que, durante a coleta de quaisquer informações, são eliminados dados que possam vir a prejudicar o usuário, de modo a usá-las apenas para fins métricos. Graças a essa coleta, é possível identificar vários padrões em certos serviços disponíveis na internet, pelos quais geralmente são estudados os padrões de uso ao longo do tempo. Em seguida, a Avast vende essas informações para diferentes clientes, especialmente dedicados à publicidade.

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Se você deseja ver a exata localização nos termos de uso com os detalhes desta ação, pode visitar este link. Além disso, caso queira desabilitar esta atividade de coleta, pode fazê-lo pelo mesmo site.

Fonte: Forbes, Fayerwayer