A plataforma de videoconferências Zoom está sendo processada por mentir para os usuários. A acusação é da ONG Consumer Watchdog, que acionou a companhia no tribunal superior do estado de Washington, nos Estados Unidos.
Embora o aplicativo dissesse que seu sistema tinha proteção com criptografia de ponta a ponta, o grupo diz que algumas ligações entre americanos foram roteadas por servidores na China em março. Isso aumenta o perigo de Pequim roubar ou exigir acesso ao conteúdo dessas transmissões.
De acordo com o The Washington Post, a ONG pede indenização de até 1.500 dólares para cada instância em que um residente de Washington tenha usado o programa para fins não comerciais. O montante pode representar uma indenização milionária por parte da empresa.
Para a Consumer Watchdog, se não houver punição, outras empresas podem se sentir incentivadas a prometer falsos sistemas de segurança e privacidade de dados. Diante das críticas, Eric Yuan, CEO do Zoom, afirmou em junho que a empresa se compromete a aplicar a criptografia de ponta a ponta para usuários pagos e aqueles ligados a instituições de ensino. O Zoom também se comprometeu a limitar seus laços com a China.