A pandemia de covid-19 pegou o mundo todo de surpresa. Ninguém estava preparado para ela e cada país tem criado soluções próprias para enfrentá-la. Para complicar, em meio a tudo isso, os especialistas ainda precisam aprender sobre as peculiaridades da doença.
Um de seus sintomas mais intrigantes é a falta de oxigenação do sangue. Embora essa seja uma característica de males respiratórios, na covid-19 ela pode vir sem outros sinais. E aí, quando o paciente piora, já entra em estado crítico.
Por isso, monitorar os níveis de oxigênio dos contaminados é crucial. E como se faz isso? Com um oxímetro de dedo. Essa solução é particularmente importante no acompanhamento de pacientes internados. E uma empresa nacional a integrou a um aplicativo para torná-la ainda mais fácil de usar.
A ideia veio da experiência do pneumologista Geraldo Lorenzi Filho com o monitoramento de apneia do sono. Para acompanhar os pacientes, ele já usava um oxímetro de alta resolução capaz de captar variações mínimas de oxigênio no sangue.
O sistema que monitora pacientes de covid-19 foi desenvolvido em pouco mais de um mês e, atualmente, está em uso como projeto-piloto no Hospital Santa Paula, no Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu e, em breve, deve começar a funcionar no Hospital das Clínicas. O médico explica que a solução é benéfica para pacientes e profissionais de saúde.
Funciona assim: os dados coletados pelo aparelho são enviados a um aplicativo de celular. Essa ferramenta faz o tratamento das informações por meio de algoritmos e as apresenta ao profissional que cuida daquele doente para que ele defina quando agir.
Além da muito efetiva, a solução é uma opção barata que ajuda a identificar potenciais problemas precocemente. Geraldo lembra que a solução é brasileira e conta que tem sido procurado por profissionais de outros países interessados em conhecê-la melhor. Para ele, é essa interação que vai nos levar à superação da covid-19.