O Brasil é um dos países mais desconectados do mundo: 70 milhões de brasileiros continuam sem acesso à internet. Os motivos são diversos. Mas, em pleno século 21, ninguém precisa ficar offline simplesmente por viver afastado de um grande centro urbano. Se a internet por cabo ou fibra óptica ainda não é opção onde você vive, soluções até mais baratas e bastante confiáveis garantem seu passaporte para o mundo virtual.
A transmissão da internet via rádio é a forma mais popular de acesso em pequenas cidades ou zonas rurais onde a infraestrutura cabeada não chega. Um plano básico, com dois mega de velocidade, custa em torno de 80 reais por mês. O custo benefício é, sem dúvida, uma das principais vantagens da conexão via rádio.
O sinal de internet é transmitido a partir de torres localizadas em pontos altos e estratégicos. Na casa do usuário, para transformar o sinal de rádio em internet, a antena de recepção fica conectada a um modem que converte o sinal e o joga para a placa de rede do computador – ou de um roteador se a opção for uma conexão sem fio. Para funcionar direito e oferecer uma boa experiência a questão da interferência é crucial: torres e antenas receptoras não devem ter qualquer obstáculo que interfira no caminho do sinal…
Outra alternativa é o link dedicado 4G. Mas esta é uma solução bem mais cara e, normalmente, comprada apenas por empresas. Uma das razões de a banda larga móvel ser tão ruim em lugares afastados é que a (pouca ou quase inexistente) capacidade de internet oferecida ali é compartilhada – ou seja, você usa sempre uma banda de conexão dividida com outros clientes do mesmo serviço. No link dedicado, como o próprio nome sugere, a banda é exclusiva, usada em tempo integral só por você.
A vantagem do link dedicado 4G é a estabilidade. Se você contratar um link dedicado de 10 mega, normalmente você terá essa velocidade o tempo todo, sem dividir espaço com ninguém. Por outro lado, um serviço básico pode custar 10 vezes o preço da internet via rádio.
Agora, quem disse que internet em zonas rurais ou onde ainda não há infraestrutura cabeada precisa ser “mais ou menos” ou “caríssima”? A transmissão via satélite já há algum tempo vem se mostrando uma solução bastante robusta e confiável. Ao contratar o serviço, o usuário instala uma pequena antena parabólica na sua residência para captar o sinal do satélite. Assim como no caso do rádio, o modem ligado a esta antena assume a responsabilidade de converter o sinal da internet em dados que o computador possa entender. O serviço é mais caro que o rádio, mas bem mais acessível que o link dedicado: um plano residencial de 10 mega de velocidade custa 250 reais por mês.
O satélite é para aquelas pessoas que têm dinheiro para contratar uma banda larga robusta, mas não têm opção de serviços como o ADSL ou a fibra óptica. Se o preço não for problema, o maior gargalo da transmissão via satélite é a franquia de dados – aquele limite do quanto você pode baixar da internet. Quando se fala de satélite, a franquia é menor que nos outros serviços; este pacote de 10 mega tem, por exemplo, 35 gigabytes. Se o limite for atingido, o usuário passa a navegar com velocidade bastante reduzida de, no máximo, um megabit por segundo. Se você fizer as contas, hoje em dia, 35 giga não dá para quase nada. Um filme de 2 horas assistido na Netflix em HD tem cerca de 3,5 giga. Dez filmes e acabou sua franquia….
Evidentemente, que o sonho de consumo de todo mundo seria ter internet chegando via fibra óptica em casa… Mas, se o serviço não está disponível na sua região, o jeito é apelar para essas alternativas. Nenhuma é ótima, mas, pelo menos você pode se conectar e participar do mundo digital! Em breve devemos ter novidades nesse campo das conexões de internet. Mas, aí, já é assunto para outro programa. Fique ligado!