Uma mulher de 66 anos pode ser a primeira pessoa curada de aids sem um tratamento específico. A descoberta foi feita por uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos e publicada na revista científica Nature.
Loreen Willenberg foi infectada pelo vírus HIV em 1992 e é conhecida no meio científico por seu organismo ter suprimido o microrganimo por décadas. Os pesquisadores analisaram 1,5 bilhão de células sanguíneas de Loreen e não encontraram sinais do HIV.
Para isso, foram usadas técnicas sofisticadas que podem apontar a localização do microrganismo dentro do genoma. Quando infecta o organismo, o HIV entra no genoma do paciente e faz as células produzirem cópias dele.
Em alguns contaminados, com o tempo o sistema imunológico caça e destrói as células ocupadas pelo vírus. Nas que sobrevivem, o vírus fica encurralado em regiões do genoma em que não pode se reproduzir.
Pesquisas atuais em busca da cura da aids procuram destruir todos os vírus ocultos no genoma. O novo método quer oferecer uma cura funcional, em que o vírus é mantido em locais em que não pode se reproduzir.