Julian Assange foi detido nesta manhã, na embaixada do Equador em Londres. O ativista líder do Wikileaks foi levado para custódia pela polícia metropolitana londrina, depois que os policiais foram acionados pelo próprio pessoal da embaixada. Eles seguiam a orientação do presidente do país, Lenín Moreno, que pouco tempo antes havia revogado o asilo de Julian Assange. Assange havia se refugiado na embaixada em 2012 – a princípio se defendendo de acusações de abuso sexual, registradas na Suécia. Mas, Assange também enfrentava e enfrenta acusações dos norte-americanos, que o responsabilizam pelo vazamento de mihares de informações secretas relacionadas a operações militares. As acusações na Suécia foram retiradas pouco tempo atrás, mas nos Estados Unidos, Assange continua na lista de criminosos com pedido de extradição. Mais recentemente, o Wikileaks – e Assange, por extensão – se viram envolvidos no vazamento de informações e de e-mails que atingiram a campanha de Hillary Clinton, na eleição presidencial norte-americana. Em fevereiro desse ano, o Wikileaks se envolveu na divulgação de informações secretas do Vaticano. Esse incidente, aliás, foi um dos pretextos usados pelo presidente equatoriano para justificar a revogação do asilo político de Assange. Segundo os equatorianos, Assange violou o acordo que garantia o asilo ao se envolver em atividades com o Wikileaks e até acessar informações privadas do próprio servidor da embaixada equatoriana. Agora, o mais provável é que Julian Assange seja extraditado para os Estados Unidos, onde enfrentará as acusações pela divulgação ilegal de documentos secretos.
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