No atual estágio da pandemia de covid-19, uma das maiores necessidades é prevenir a propagação da doença. Por isso, é essencial aumentar a capacidade de testes de diagnóstico para fazer a triagem de populações assintomáticas e pré-sintomáticas.

Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion no Negev, do Instituto Nacional de Biotecnologia no Negev, da Universidade Aberta de Israel e do centro médico da Universidade de Soroka desenvolveram um método algorítmico que pode multiplicar por 8 a capacidade de testes para a detecção da covid-19.

Chamado de P-Best, ele é uma variante dos testes agrupados que juntam amostras de vários indivíduos e as testam em conjunto. Se o resultado for positivo, as amostras são testadas individualmente para encontrar os infectados.

O método israelense divide 384 amostras em 48 grupos de 8 amostras. Cada amostra aparece em seis grupos determinados por um algoritmo. Quando um grupo apresenta resultado positivo, os pesquisadores verificam quais outros cinco grupos têm o mesmo resultado e qual a amostra comum entre eles.

Com essa técnica, os cientistas identificaram cinco casos positivos de pacientes assintomáticos sem testar todas as amostras de um grupo individualmente. Segundo Noam Shental, da divisão de ciência da computação da Universidade Aberta de Israel, o teste pode ser realizado em qualquer laboratório de análises clínicas comum.