70 mil novos drones no ar. Esse é o número do Brasil e diz respeito apenas aos 5 primeiros meses desse ano, 2019. Na conta, entram aparelhos adquiridos tanto para diversão quanto para uso profissional. E, pode ter certeza, esse número deve acelerar ainda mais daqui para a frente.
Antigamente, fazer belas imagens como essa, do campus central da USP, na capital paulista, só mesmo com um helicóptero. Mas, graças à proliferação e aos preços relativamente baixos desses pequenos voadores, os vídeos na televisão e na internet foram inundados com imagens aéreas de todos os tipos.
Como muitos sabem, a origem dos drones não está ligada à produção de conteúdo: eles nasceram de uma necessidade militar para vigilância em combates e reconhecimento tático. Além disso, eles se mostraram eficazes para poupar vidas em situações de risco, além de economizar recursos. A tecnologia é antiga e sua origem vem do século 20. Em 1917, militares americanos testaram o Ruston Proctor Aerial Target – considerado o primeiro drone que se tem notícia. Tratava-se de um avião sem piloto, acionado por controle remoto – inventado por ninguém menos que o famoso Nikola Tesla. A ideia era criar uma bomba aérea. Apesar da proeza de criar um avião controlado remotamente em 1917, o Ruston nunca foi usado em combate – mas semeou as bases para os modernos drones. Aliás, a vocação militar continua hoje: muitas dessas aeronaves são destinadas às guerras, e países como Estados Unidos e Israel produzem os drones mais avançados.
Uma das últimas novidades nesse front é esse drone aí. Olhando parece um helicóptero comum, mas trata-se de uma aeronave não-tripulada, anunciada neste mês de Julho pela marinha dos Estados Unidos. O drone-helicóptero Fire Scout está pronto para ação. Além de grande capacidade de transporte de carga, o drone também traz novos radares com campo de visão muito maior – o que lhe confere muito mais autonomia em voo.
É claro que essa alta tecnologia desenvolvida na área militar tem reflexos para os drones que chegam também ao Brasil. Porém, aqui, a utilização de drones é menor no campo de batalha – evidentemente. Em terras brazucas, a maior preocupação está na área de vigilância.
Pelo menos 36 órgãos de segurança pública brasileiros já usam drones. Em São Paulo, por exemplo, 6 drones já estão em uso no patrulhamento desde 2017. O objetivo é reforçar as operações da Guarda Civil Metropolitana e da Defesa Civil, com o monitoramento de áreas de risco, invasões ambientais, locais com grande aglomeração de pessoas e auxiliar no combate à criminalidade. Na famosa e infame região da Cracolândia – que fica bem no centro da cidade, e ficou famosa país afora por concentrar um grande número de usuários de drogas -, duas vezes por dia os drones levantam voo para fiscalização.
Mas, nem só de ações policiais vivem os drones brasileiros. A estimativa é que existam mais de 30 mil profissionais trabalhando com drones no Brasil. São inúmeras possibilidades de aplicações. Dois exemplos vêm da agricultura e também do mapeamento de terrenos e monitoramento de obras. Já é comum ver grandes fazendas usando drones para monitorar rebanhos e plantações.
Se há inúmeras alternativas para o uso profissional dos drones, para nós, usuários finais, também não faltam opções. Até as vitrines brasileiras já contam com uma boa variedade de modelos e de preços.
Se você ficou animado para ter um drone e poder, por exemplo, produzir imagens bacanas como essas, é preciso apenas lembrar que não dá para subir um dispositivo desses em qualquer lugar ou de qualquer jeito. Existe um conjunto de regras que precisa ser seguido. Então, antes de transformar a animação em compra, confira os detalhes. Tem um link logo abaixo na janela deste vídeo que explica tudo para você. Acesse e confira!