Um aplicativo criado em abril pelo Google e pela Apple está sendo acusado de invasão de privacidade. A ferramenta usa software livre e é voltada para ajudar no combate ao novo coronavírus. Países como Alemanha, Suíça e outros usaram o código para desenvolver aplicativos de alerta.
Quando os usuários foram usá-los, porém, passaram a relatar que o sistema pede a ativação do serviço de localização. Isso permite que o Google determine em que locais eles estão.
Por um lado, especialistas em saúde consideram os aplicativos uma importante ferramenta no combate à pandemia. Por outro, grupos de direitos humanos e tecnólogos alertam que a coleta de dados e as falhas de segurança em aplicativos podem trazer risco de perseguição, golpes, roubo de identidade e rastreamento opressivo do governo.
Pete Voss, porta-voz do Google, diz que os aplicativos que usam o software da empresa não fazem a localização do dispositivo. Segundo ele, os apps usam bluetooth para identificar smartphones que entram em contato próximo, sem precisar conhecer sua localização exata.
Além disso, o sistema processa os dados localmente, nos próprios telefones, e os governos não têm acesso a eles. O executivo reforça que dados pessoais e identificação técnica do hardware não são coletados pelos aplicativos.