A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, pode agilizar os trâmites burocráticos para garantir a distribuição da CoronaVac até o início de 2021. A fórmula é do laboratório chinês Sinovac Biotech e está na última etapa de ensaios clínicos.
Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a Anvisa está acompanhando o processo de testes da vacina de perto. Se os resultados forem satisfatórios, não deve haver problema com a burocracia. A expectativa do diretor é iniciar a vacinação no começo do próximo ano.
Na semana passada, Covas informou que o Instituto deve fornecer 45 milhões de doses do imunizante ao Sistema Único de Saúde, o SUS, até dezembro. Além disso, existe a possibilidade de ampliar a oferta para 100 milhões até maio. O governo paulista discute com o Ministério da Saúde um investimento federal de 1,9 bilhão de reais para acelerar a produção.
A CoronaVac foi aprovada para uso emergencial na China. A iniciativa faz parte da avaliação de segurança da substância e cerca de 24 mil habitantes do país asiático receberam as injeções. Até o momento, ainda não se fala em uso emergencial no Brasil.
Até agora, a incidência de efeitos colaterais foi em torno de 5%. O mais frequente foi dor no local da injeção e as manifestações febris não chegaram a 0,18%. Segundo Covas, esses resultados indicam que o composto tem um perfil de segurança muito apropriado e desempenho satisfatório em relação a outros imunizantes.