A tecnologia e a inteligência artificial estão mudando a dermatologia

Acsa Gomes25/09/2020 22h07, atualizada em 26/09/2020 22h00

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Espelho, espelho meu… bom, você certamente já conhece essa história. Quem é que nunca se hipnotizou frente a um espelho reparando nos mínimos detalhes; rugas, marcas do tempo… Se ainda não existe mágica para o rejuvenescimento, pelo menos esse espelho joga a real com você. Usando inteligência artificial e computação visual, o HiMirror possui uma câmera embutida capaz de fazer uma análise da pele em tempo real. O espelho sincero busca marcas de expressão, rugas, pontos vermelhos, desidratação e outros…

Infelizmente, o espelho inteligente ainda não está disponível no Brasil. Para comprar, por enquanto, só nos Estados Unidos mesmo. Mas calma, por aqui, clínicas dermatológicas modernas já oferecem equipamentos similares, a este. Não é um espelho, mas ao colocar o rosto ali, o equipamento emite dois tipos de luz diferentes para fazer um diagnóstico completo do tecido facial e sugerir os melhores produtos e tratamentos para cada caso.

Ano após ano surgem tecnologias inovadoras para o mundo da beleza. De substâncias inéditas no segmento, passando por tratamentos mais modernos a aparelhos cada vez mais hi-tech. Se há alguns anos o tratamento estético era quase sinônimo de sofrimento e dor e, pior, com resultados a longo prazo. Agora, com o uso da tecnologia, o sucesso dos tratamentos é maior, menos doloroso e mais rápido também…

Outro tratamento que se tornou mais confortável graças à tecnologia é este que combate a flacidez da pele. Através da radiofrequência, o equipamento emite ondas de calor que aquecem profundamente a área tratada. A tecnologia utilizada estimula a produção de colágeno e elastina na área do abdome, reduzindo a flacidez da região. Interessante é que, na superfície, o equipamento sequer esquenta ou incomoda o paciente.

Mas ao mesmo tempo que os equipamentos evoluem, o profissional também precisa estar atualizado e, principalmente, familiarizado com o uso dessas máquinas. Soluções como estas nas mãos e maus profissionais podem oferecer sérios riscos aos usuários…

O Brasil não fica muito atrás de países mais desenvolvido na tecnologia estética. Mas, claro, tem coisa que ainda não chegou por aqui. Similar à análise fotográfica do rosto que você viu no início dessa matéria, já existe uma espécie de scanner corporal completo com o poder de detectar de forma precoce o câncer de pele. Outra tecnologia aplicada à dermatologia que ainda não chegou ao país é a impressão 3D. Em Madrid, na Espanha, cientistas da Universidade Espanhola Carlos III, apresentaram um protótipo de uma bioimpressora 3D capaz de criar uma pele humana totalmente funcional. Nos Estados Unidos, alunos da Escola de Medicina Wake Forest, também desenvolveram um protótipo semelhante que consegue imprimir pele sintética igualmente funcional.

Se ainda não descobrimos a fórmula do rejuvenescimento, uma certeza é que a tecnologia, com métodos cada vez mais modernos e novas substâncias, promete deixar as rugas, manchas e marcas para muito mais tarde…

Ex-editor(a)

Acsa Gomes é ex-editor(a) no Olhar Digital