Se há uma lição a ser tirada da onda de ciberataques com o malware WannaCry, que assustou todo mundo há cerca de dez dias, é a seguinte: fazer backup dos seus dados é essencial. Não importa se estamos falando de arquivos relacionados ao seu trabalho ou a imagens e vídeos pessoais. Ter uma cópia segura de tudo isso é muito importante.
No entanto, “backup” ainda é um mistério para muita gente. Muitas pessoas sequer sabem o que isso é, quanto mais como fazer isso. Felizmente, não se trata de um processo difícil, e é algo que pode salvar você de muita dor de cabeça caso algo dê errado com seu computador.
Há basicamente três métodos de se realizar backup dos seus dados. Abaixo, vamos listar os três, citando os pontos positivos e negativos de cada um. No final, você deve ter informações suficientes para decidir qual desses caminhos o é mais adequado para você. Confira:
1) Backup para um HD externo
Esse é o método que as pessoas lembram primeiro quando se fala em backup. Ele consiste, basicamente, em criar uma cópia de todos os seus arquivos importantes (ou até mesmo do seu sistema inteiro) em uma mídia externa – geralmente, um HD externo. Já fica claro, a partir daí, que você precisará de um HD externo para sincronizar seus dados dessa maneira. Tendo isso, porém, o processo é bem simples.
Conecte o HD ao seu computador, procure por “backup” na barra de buscas da Cortana, selecione a primeira opção e, na tela que se abre, vá em “Adicionar uma unidade”. O Windows então criará uma cópia do seu HD na unidade selecionada. Se você usar esse método, lembre-se de que é preciso reconectar a unidade para sincronizar os dados com alguma regularidade. Se você preferir, ainda pode deixar esse método de lado e copiar manualmente para o HD apenas os arquivos que você queira guardar.
Pontos positivos: o método é relativamente simples de se fazer, e permite controle total sobre quais dados você vai guardar. Além disso, como o armazenamento é feito em uma unidade sua, só você tem acesso aos seus dados – não há vazamento que possa te prejudicar.
Pontos negativos: você precisa ter um HD externo para fazer isso. Como o backup fica em uma mídia física, essa mídia precisa ser bem guardada. Se ela for destruída, você perde os dados. Pior: se ela for perdida ou roubada, seus dados podem ficar nas mãos de outra pessoa. Além disso, é necessário sincronizar os dados regularmente.
2) Backup pela internet
Conectar o HD externo ao computador e ficar cuidando dele é meio chato. E se desse para pedir para alguém fazer isso para você? Bem, meio que dá. Há serviços na internet que oferecem esse mesmo tipo de backup e sincronização, só que pela rede. Os serviços instalam um programinha no seu computador que, a cada intervalo de tempo (você escolhe quanto), sincroniza os seus dados com uma imagem na nuvem. Assim, se você algum dia precisar restaurá-los, é só fazer o download.
Mas, como não poderia deixar de ser, esses serviços não são gratuitos. Ferramentas como MozyHome, CrashPlan, Carbonite e BackBlaze cobram taxas para fazer isso. Não costuma ser muito (alguns saem por US$ 5 por mês, o que dá menos de R$ 20), mas é um gasto. E, além disso, há a questão de que os seus dados não ficam guardados com você, o que é sempre um motivo (ainda que pequeno) de preocupação.
Pontos positivos: praticidade, já que a sincronização é feita automaticamente, e o fato de que você não precisa se preocupar em guardar uma mídia externa e cuidar dela.
Pontos negativos: o serviço é pago, e, para os mais preocupados com privacidade, pode deixar a desejar. Vale citar também que é necessário ter uma boa conexão com a rede para fazer backup de grandes volumes de dados.
3) Serviços de armazenamento na nuvem
Essa opção não trata, exatamente, do backup de sistemas inteiros, mas só de arquivos. Se você tem apenas algumas pastas que faz questão de guardar, não quer pagar nada e não se preocupa com o resto do seu computador, serviços como Google Drive, OneDrive, DropBox e iCloud podem ser a solução ideal.
Todos esses serviços permitem que você crie pastas sincronizadas. Elas existem tanto no seu computador quanto na nuvem, e tudo que você jogar lá será copiado para o servidor. É uma ótima opção para quem costuma guardar muitas fotos de família, ou para quem tem muitos discos digitalizados no HD. Por outro lado, essas soluções deixam a maior parte do seu sistema desprotegido, o que é um risco – de que adianta ter os arquivos se seu computador nem sequer liga direito?
Pontos positivos: a maioria dos serviços citados oferece pelo menos um pouco de armazenamento grátis, o que significa que é possível começar a fazer esse backup sem gastar nada. Além disso, eles oferecem a mesma praticidade dos serviços de backup online citados antes.
Pontos negativos: não se trata de um backup muito seguro, já que a maior parte do seu computador fica desprotegida. E há também a questão de que o espaço gratuito de armazenamento oferecido por esses serviços é bem limitado – se você quiser armazenar mais coisas, vai ter que pagar. E as preocupações de privacidade citadas no método anterior valem aqui também.
4) A solução ideal
Como dito no começo do texto, há várias maneiras de se fazer backup, e cada pessoa se sentirá melhor fazendo isso de uma maneira diferente. No entanto, a solução ideal para garantir que os seus arquivos nunca se percam é uma só: use mais de uma maneira diferente de backup. O ideal é que você tenha uma cópia local dos seus arquivos em seu HD externo e, ao mesmo tempo, sincronize seu PC (ou apenas os arquivos mais importantes) com um serviço de nuvem.
Assim, se o seu HD externo por algum motivo for danificado e inutilizado, você ainda terá o seu backup na nuvem. E se alguma catástrofe acontecer e o seu backup na nuvem se perder (ou se você ficar sem internet, o que é mais provável), ainda será possível restaurar seus arquivos a partir do backup local. Backup é bom, mas se há algo que você realmente queira proteger, faça backup duas vezes.