O Clique 180 é um aplicativo para Android que tem como objetivo combater a violência contra a mulher. Desenvolvido pela Secretaria de Políticas para Mulheres em parceria com a ONU Mulheres e a Embaixada Britânica, o programa ajuda as usuárias a entenderem mais sobre a violência doméstica e o abuso sexual, bem como ter acesso a informações sobre a Lei Maria da Penha. Além disso, há um link direto com a Central de Atendimento à Mulher: o Disque 180.
Pesquisas realizadas pela Kering Foundation e pelo Fórum Brasileiro de Segurança mostram que a violência contra a mulher ainda é um problema na sociedade. No Brasil, 503 mulheres são vítimas de agressão física a cada hora, sendo que apenas 11% procuram a delegacia para abrir um boletim de ocorrência. Ou seja, ferramentas como o aplicativo podem ser grandes aliadas para ajudar na denuncia dos agressores e também na orientação das vítimas.
Confira neste tutorial do Olhar Digital como usar o Clique 180:
Primeiramente, o serviço está disponível somente para o sistema operacional Android e não há previsão de quando ele será liberado para o iOS. Logo que a pessoa abre o aplicativo irá se deparar com uma tela de disfarce com uma frase motivacional, que serve para despistar o agressor caso ele esteja perto da vítima.
No entanto, ao agitar o celular ou tocar na tela quatro vezes seguidas com dois dedos, a usuária tem acesso às funções da plataforma. A ferramenta mais importante é a de “Central de Atendimento à Mulher”; ao tocar no botão, o aplicativo se oferece para ligar para o 180, caso a vítima precise de ajuda.
A usuária pode saber quais atitudes tomar caso tenha sida agredida e o aplicativo ainda lista tipos de violência, como lesão corporal, estupro, calúnia, assédio sexual e racismo. Além disso, a plataforma explica as diferenças entre violência doméstica, física, sexual, psicologia, entre outras.
Ao escolher um tipo de violência, a pessoa tem acesso à Lei Maria da Penha para saber quais são os seus direitos e as medidas de prevenção.
Outra ferramenta importante é o “Minha cidade mais segura”. Nesta seção, a usuária pode encontrar pontos em sua cidade que não são seguros e indicar, de forma colaborativa, regiões que apresentam problemas.
Por fim, através da “Rede de Atendimento”, é possível encontrar centros e delegacias especializadas no atendimento as mulheres que estejam próximos da usuária.