A Black Friday, marcada para o próximo dia 23 de novembro, tem forte impacto na vida dos lojistas e dos consumidores. De acordo com um estudo feito pela Ebit em parceria com a Nielsen, a expectativa é aumentar o faturamento do e-commerce em 15% durante a Black Friday 2018, chegando a um volume de vendas de R$ 2,43 bilhões.
E por gerar um grande fluxo de pessoas nas lojas online durante esse período, os fraudadores também aproveitam para aplicar crimes virtuais.
Para que a jornada de compra seja tranquila e ninguém saia lesado, as startups Konduto, especializada em soluções antifraude para o e-commerce, e a Promobit, social commerce que reúne ofertas da internet, listaram algumas dicas para que as compras sejam feitas com segurança.
1. Reputação da loja: Antes de finalizar uma compra, é necessário avaliar a reputação da loja em sites de referência, como o Reclame Aqui. “Mas, além da nota, preste atenção ao tipo de reclamação feita, pois relatos de fraude ou mau atendimento possuem um peso bem maior do que atraso na entrega do produto”, afirma Fabio Carneiro, co-fundador do Promobit.
2. Uso das redes sociais: Outra fonte de informação são as redes sociais. Elas servem como termômetros da confiabilidade de uma loja. Segundo Carneiro, é necessário avaliar a longevidade do e-commerce nesses canais e as avaliações feitas pelos consumidores, pois, diferente de comentário e postagem, essa forma de manifestação não pode ser apagada pelo dono da página.
3. Forma de pagamento: É muito importante verificar quais as formas de pagamento são aceitas no e-commerce, especialmente se a loja virtual disponibiliza a opção do cartão de crédito. “Uma loja, para poder receber pagamentos via cartão, precisa apresentar uma extensa documentação – e isso, por si só, já cria uma grande barreira para um fraudador oportunista, que cria lojas online falsas.
O cliente não precisa necessariamente escolher pagar no cartão, mas só o fato do estabelecimento oferecer esta opção, já significa muita coisa”, ressalta Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.
4. Verificar informações básicas: Informações como Razão Social, CNPJ e endereço são importantes e podem ser decisivas para saber se a loja é confiável ou não.
5. Monitorar os preços: Alguns meses antes da Black Friday, é importante que os consumidores elaborem uma lista dos produtos de maior interesse e façam pesquisas e monitoramentos periódicos sobre os melhores preços. Desta forma, ele poderá fazer uma comparação com o dia da Black Friday e evitar que os preços sejam mascarados. Às vezes, há a possibilidade de alguns itens ficarem mais baratos nas semanas antes da data.
6. Fretes: Outro ponto de atenção é com relação ao frete. Durante a Black Friday, por conta da alta demanda, os e-commerces oferecem prazos de entrega mais longos que o usual. É preciso ter atenção especial se você deseja comprar presentes para datas específicas, pois o produto pode chegar depois do esperado e estragar a experiêcia de compra.
7. Lojas falsas que oferecem produtos a preços muito mais baixos: O maior perigo para o consumidor, porém, está nas lojas falsas. Elas são criadas durante a Black Friday por criminosos apenas para aplicar golpes em consumidores desavisados, oferecendo produtos a preços muito mais baixos que a concorrência. “Nos últimos anos, vimos diversos casos de fraudes que seguiram um roteiro bastante conhecido: supostos e-commerces que ofereciam dispositivos bastante cobiçados (como smartphones), a um preço muito vantajoso, mediante pagamento no boleto ou na transferência bancária. Semanas se passavam e o produto não era enviado, o site desaparecia e o consumidor ficava com o prejuízo”, finaliza Canabarro. Além desses indícios, outro fator que pode ajudar na identificação de lojas falsas são os erros de português e a linguagem inconsistente.