O Waze e o Google Maps são os principais aplicativos de mapas usados por brasileiros que vão pegar o trânsito e se movimentar pela cidade. Disponíveis gratuitamente para Android e iPhone, ambos têm muitas similaridades, mas também diferenças que podem influenciar bastante na experiência do usuário. Ou seja, é preciso escolher bem atentamente o mais indicado para o seu perfil e trajeto que será feito.
Apostando em interação entre os motoristas e alertas em tempo real, o Waze registrou mais de 90 milhões de usuários ativos mensalmente em mais de 185 países no fim de 2017. Já o Google Maps, que traz uma grande variedade de serviço e foco na experiência individual, atingiu a marca de 1 bilhão de pessoas ativas mensais no início de 2016. Confira neste breve comparativo do Olhar Digital os pontos fracos e fortes de cada serviço.
Waze
Para aqueles que não sabem, o aplicativo foi adquirido pelo Google em junho de 2013 por cerca de US$ 1 bilhão. Por isso, muita da tecnologia usada pela plataforma nos últimos anos veio do Google.
O app é voltado exclusivamente para motorista de carros. Então, pedestres que quiserem usá-lo para se localizar podem ter problemas com o caminho, uma vez que o sistema traçará uma rota pela qual o veículo possa transitar. Além disso, ele não oferece informações relacionadas a transporte público, somente a localização de pontos de ônibus.
Entre as principais vantagens estão os alertas de acidente, perigo na via, radares, lembretes de ligar os faróis do carro em estradas e rodovias, entre outros. O Waze também permite salvar os endereços favoritos, planejar percursos levando em conta o trânsito em determinados horários e encontrar postos de gasolina e estacionamentos.
Por outro lado, ele tem algumas características que podem incomodar os usuários. O excesso de informação na tela é uma delas. Além de aplicativo de trânsito, o Waze se comporta como uma rede social para motoristas trocarem informações sobre as ruas da cidade. O resultado disso é uma grande quantidade de mensagens e ícones de usuários que aparecem durante o trajeto. Felizmente, as configurações do app permite desabilitar os bate-papos e “wazers” de aparecerem na tela durante a condução.
Outro problema está nas rotas oferecidas. O aplicativo, em geral, lista mais de duas rotas possíveis, indicando tempo e distância de cada uma. Porém, quando o usuário sai da rota planejada, seja porque conhece um caminho melhor ou porque quer fugir do trânsito, o aplicativo encontra uma maneira de voltar para a rota original. Para fazer com que ele encontre um trajeto alternativo, é preciso insistir bastante no “caminho errado” até o app aprender as preferências do motorista.
Como nem todo sistema é perfeito, já houve quedas e erros no serviço, que geraram mais trânsito, além de o aplicativo às vezes relatar eventos ou congestionamentos que já não estão mais ativos.
Google Maps
Ao contrário do Waze, o Maps contempla também pedestres e quem usa o transporte público. Ele é capaz de traçar rotas diferentes de acordo com o seu meio de transporte, incluindo carro, transporte público, a pé, bicicleta e Uber ou táxi.
O app não avisa sobre eventos na via, como radares de velocidade ou acidentes, mas informa assim que você começa o trajeto como está o trânsito e se algum ponto específico está apresentando problemas. E a mudança proposital da rota é bem mais tranquila do que a apresentada pelo Waze.
A vantagem é que ele permite adicionar mais de uma parada em seu trajeto – o Waze também possui uma função parecida, mas permite incluir somente um destino adicional. Além disso, o aplicativo oferece mais informações sobre o caminho, como nomes de todas as ruas, faixa na qual o motorista precisa ficar para acessar uma via e até os pontos cardinais e colaterais do caminho.
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O usuário também consegue encontrar mais lugares do que apenas estacionamentos e postos de combustível, sendo que o Google Maps também lista restaurantes, bares, hospitais, farmácias, supermercados e postos do Correios – o que torna o aplicativo mais útil para quem está indo viajar para um lugar que não conhece e precisa encontrara estabelecimentos importantes.
Outra vantagem é a possibilidade de baixar mapas de uma região para acessar no modo offline. Porém, neste caso, as rotas traçadas são apenas as de carro, ou seja, não é possível encontrar informações de transporte público ou rotas para quem está a pé.
Conclusão
De modo geral, os dois aplicativos têm o mesmo propósitto: ambos ajudam quem quer se locomover de forma mais eficiente pela cidade, cada qual com sua especialidade. Nos dois casos, vale lembrar que os apps estão suscetíveis a problemas na experiência de uso causados pela instabilidade da conexão de dados móveis.
Na parte de consumo de bateria, os dois também apresentam taxas semelhantes, de cerca de 10% a cada 20 minutos, com Bluetooth e Wi-Fi desabilitados. Lembrando que esse consumo pode variar de acordo com a capacidade do aparelho, com o uso da função modo de economia de bateria e também se o celular estiver rodando um aplicativo em segundo plano, como o Spotify.
Mais do que indicar um vencedor, o melhor a se fazer é sinalizar o aplicativo mais adequado para cada objetivo: o Waze é mais prático para quem dirige, pois informa o motorista sobre tudo que está acontecendo na rota, sem que o usuário precise ficar olhando para a tela. O Google Maps, por outro lado, oferece um bom planejamento para traçar rotas usando o transporte público e funções para quem está em uma região que não conhece.