Primeiras impressões novo Microsoft Edge: a versão do navegador baseado no Chrome surpreende

Será que a Microsoft finalmente acertou em seu novo navegador?
Alvaro Scola09/04/2019 17h06, atualizada em 09/04/2019 19h00

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O Edge foi a aposta da Microsoft para substituir o seu antigo navegador, o clássico Internet Explorer, no Windows e, apesar de trazer novas funções, ele não se popularizou tanto quanto outras opções. Mais uma vez, para mudar este cenário, a empresa está implementando mudanças em seu browser, mantendo o nome, mas integrando parte do Chromium – projeto de código aberto que o Google usa como base para construir o Chrome.

Esta nova versão do Edge ainda está em fase de testes, mas já pode ser obtida por usuários do Windows 10, que desejem utilizá-la. O Olhar Digital testou este programa atualizado e traz abaixo as suas primeiras impressões sobre ele. Confira!

Como obter o novo Edge

Antes de prosseguir para o review, caso você esteja interessado em instalar o novo Edge, ele pode ser obtido através deste link da Microsoft. A instalação dele ocorre como a de aplicativos tradicionais e ele não substitui nenhum navegador que você já tenha instalado.

Interface

Um ponto que teve algumas mudanças sutis nesta nova versão do navegador fica por conta de sua interface. Ao navegar por páginas, você não percebe muitas mudanças, já que a barra de endereços, junto com o menu de opções, continua a tomar espaço na parte superior do aplicativo, não o deixando aproveitar a tela por completo. Veja abaixo o site do Olhar Digital aberto no novo Edge.

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Entretanto, já em novas abas e principalmente no menu de configurações, as mudanças já começam a tomar conta do navegador. De forma similar ao que ocorre no Opera, por exemplo, as novas abas do Edge contam um feed de notícias personalizável, que já traz algumas matérias sugeridas para leitura. Por enquanto, na versão de testes, o feed só funciona com sites estrangeiros, mas isto é algo que deve ser mudado.

Já o menu das páginas abertas, agora tem um apelo visual maior, deixando mais claro o que cada função dele traz. Além disto, nele, existem algumas novidades como um gerenciador para instalar aplicativos PWA.

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A parte da interface que sofreu alterações mais profundas, por sua vez, é a parte de “configurações” do navegador, que agora se demonstra bem mais completa e eficaz. Anteriormente, o Edge tinha apenas um pequeno menu lateral onde mudanças poderiam ser feitas. Já na nova versão, todos os itens estão separados por categoria e você tem um maior controle sobre cada um deles.

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A Microsoft mostra que acertou ao fazer mudanças sutis na parte visual do Edge. O navegador sempre havia funcionado bem para navegar, mas os seus menus restritos e com poucas opções realmente não se demonstravam práticos. Agora, ficou mais fácil encontrar itens e acessar funções, que antes pareciam nem existir.

Perfis e sincronização de dados

Uma adição bem-vinda da Microsoft ao optar pelo Chrome, é que agora é possível sincronizar alguns dados importantes na nuvem, algo especialmente útil para quem utiliza mais de um computador.
A partir delas, é possível deixar na nuvem alguns dados importantes como Favoritos, extensões, histórico e outros dados de navegação. Entretanto, nesta versão de testes, por enquanto apenas a função de favoritos está disponível.

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Esta mudança é bem positiva por parte da Microsoft, uma vez que no Windows 10, muitas pessoas utilizam as suas contas da Microsoft para fazer o login e carregar configurações de outros computadores. O navegador demonstra que terá um funcionamento da mesma forma e trará algo que já está presente em seus concorrentes, mas faz falta atualmente. Em sua versão antiga, a sincronização de dados era restrita a elementos mais básicos como a lista de favoritos, lista de leitura e outros dados.

As flags

O Google Chrome tem muitas funções que não acabam entrando em seus menus, ficando escondidas nos parâmetros dele. Para acessá-las, os usuários precisam entrar com o endereço “chrome:\\flags”. O Edge, por sua vez, também ganhou este mesmo menu, mas com o seu nome.

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Pelos testes realizados pelo Olhar Digital, nem todas as flags presentes no Chrome se encontram aqui no Edge. Entretanto, algumas funções bem úteis como habilitar o suporte ao Chromecast é feito por aqui.

Extensões

Anteriormente, nas versões antigas do Edge, para se instalar extensões, você devia utilizar a Loja da Microsoft, que integra o Windows 10. Agora, seguindo o exemplo do Chrome, a loja funciona como um site, onde as extensões ficam à mostra.

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As extensões desta loja são instaladas rapidamente e se demonstram mais integradas ao navegador. É verdade que, neste primeiro momento, a loja ainda possui poucas opções, mas alguns complementos mais famosos como o Ad Block e o Save to Pocket, por exemplo, já estão disponíveis.

Além deles, de forma não oficial, precisando de algumas etapas extras, as extensões do próprio Chrome também podem ser instaladas no novo Edge. Entretanto, algumas delas ainda podem demonstrar algum tipo de incompatibilidade.

Desempenho e outros itens

No que diz respeito ao desempenho, o novo Edge tem um consumo de memória bastante similar ao Chrome, como já era esperado, é claro. Apesar disto, a velocidade para abrir o navegador e entrar em sites é bem rápida.

Em uma comparação direta com o antigo Edge, utilizando o navegador com as mesmas abas e sites abertos, o consumo de memória RAM diminuiu em quase 100 MB. É claro, que estes números devem variar de acordo com o número de abas, extensões e até o quanto você possui de memória RAM no computador.

Conclusão

A Microsoft parece ter acertado na decisão de trocar o mecanismo do Edge pelo Chrome, deixando-o mais leve e até mesmo com novas funções que faziam falta. Esta versão de testes, é verdade, ainda tem muitos recursos que ainda estão sendo implementados, mas já demonstra uma evolução em relação ao antigo Edge.

Editor(a)

Alvaro Scola é editor(a) no Olhar Digital