Uma das chaves no estudo de soluções para uma doença são os anticorpos. Eles são produzidos quando o paciente entra em contato com um microrganismo que causa uma doença e são responsáveis por combater aquele mal.
É por isso que as vacinas, por exemplo, estimulam a criação de anticorpos nos indivíduos. Assim, o corpo tem mais chances de enfrentar o ataque de um microrganismo. Outra possibilidade de uso dos anticorpos é a transfusão de plasma retirado de doadores que tiveram a doença, se recuperaram e desenvolveram anticorpos.
No combate à covid-19, essa é mais uma das terapias em teste aqui no Brasil e em outros lugares do mundo. Silvano Wendel Neto, diretor do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês, conta que a técnica não é nova.
O processo de coleta do plasma é semelhante a uma doação de sangue. Esse componente é a parte líquida do sangue e, depois de retirado, é armazenado para ser transfundido em quem está doente.
A DJ Fabiana Pinheiro teve covid-19 em março e contou para a equipe do Olhar Digital News como foi a experiência. Agora, já recuperada, ela doou plasma para uso em pacientes que participam da pesquisa no Hospital Israelita Albert Einstein.
Nesta primeira fase do estudo, os pacientes selecionados são, preferencialmente, os que estão em um momento intermediário da doença. Silvano explica que usar a terapêutica em doentes muito graves pode dificultar a avaliação da eficácia do método.
Silvano lembra que, como outras pesquisas em andamento, ainda não se sabe qual a eficácia da transfusão de plasma nos doentes de covid-19. Ele ressalta que essa multiplicidade de estudos é essencial para que se encontre uma solução mais rapidamente.