Vacina da Pfizer contra a Covid-19 produz resposta imune robusta

Segundo farmacêutica, resultados da segunda fase de testes foram promissores; próxima etapa irá incluir um grupo de voluntários mais diverso e portadores de doenças crônicas
Rafael Rigues12/08/2020 17h33, atualizada em 12/08/2020 17h46

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Resultados preliminares publicados na revista Nature indicam que a vacina BNT162b1, produzida pelas empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech para combater o vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, produz uma resposta imune “robusta” e sem efeitos colaterais graves.

Os resultados são relativos à segunda fase de testes da vacina, de três que são necessárias para que ela possa ser comercializada. Participaram do estudo 45 voluntários, entre homens e mulheres de 18 a 55 anos, que foram divididos em quatro grupos: um recebeu 10 microgramas da vacina, o segundo recebeu 30 microgramas, o terceiro recebeu 100 microgramas e o quarto grupo, de controle, recebeu um placebo.

O nível de anticorpos contra o Sars-Cov-2 no organismo dos voluntários foi de 1,9 a 4,6 vezes maior do que em pacientes se recuperando da Covid-19. Voluntários que receberam uma dose de 30 microgramas tiveram resposta imunológica melhor do que os que receberam 10 microgramas, mas pouco diferente dos que receberam 100 microgramas.

Quem recebeu 10 ou 30 microgramas da vacina recebeu uma segunda dose de reforço, 21 dias após a dose inicial. Mas mesmo antes disto, estes voluntários já apresentavam anticorpos. Devido a reações mais intensas, que incluem dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, febre e distúrbios do sono, os pacientes que receberam 100 microgramas não receberam uma segunda dose.

As próximas etapas de testes vão dar prioridade a grupos mais etnicamente diversos, incluindo pacientes com doenças crônicas. A vacina BNT162b1 está sendo testada no Brasil, em mil voluntários nos estados de São Paulo e Bahia.

Nesta terça-feira (11) outra indústria farmacêutica, a Sinovac Life Sciences, divulgou um estudo mostrando que sua vacina Coronavac mostrou resultados promissores, se mostrando “eficaz e segura” em um teste de fase 2 com 600 voluntários realizado na China. No Brasil a Coronavac está sendo testada pelo Instituto Butantan em um ensaio clínico com 9 mil voluntários.

Fonte: G1

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital