Uber vai demitir 3 mil funcionários e fechar 45 escritórios

Não há informações sobre quais escritórios serão desativados, mas fonte ouvida pelo The Wall Street Journal disse que funcionários dos Estados Unidos devem ser os mais afetados
Redação18/05/2020 20h13, atualizada em 18/05/2020 21h39

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A Uber vai demitir 3 mil funcionários, e fechar 45 escritórios diante da pandemia do novo coronavírus. A informação foi revelada pelo jornal The Wall Street Journal, que obteve acesso a um e-mail enviado a funcionários pelo chefe-executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, nesta segunda-feira (18).

“Estamos vendo alguns sinais de recuperação, mas saindo de um buraco profundo, com visibilidade limitada de sua velocidade e forma”, diz o comunicado. A mensagem ainda afirma que o Uber Eats tem apresentado crescimento em meio à crise, porém ainda “não chega perto de cobrir as despesas”.

Segundo a reportagem, ainda não foram revelados os escritórios que fecharão as portas. No entanto, uma fonte consultada pelo veículo disse que o corte deve afetar principalmente empregados nos Estados Unidos.

A nova rodada de demissões acontece após a Uber ter dispensado outros 3,7 mil funcionários no
início de maio
. Na ocasião, Khosrowshahi disse que a empresa pretende economizar US$ 1 bilhão (R$ 5,72 bilhões em conversão direta) em custos fixos. Somados, os dois cortes resultam na demissão de quase um quarto dos 28.600 funcionários que trabalhavam na empresa até o fim de março, conforme o balanço financeiro do primeiro trimestre da companhia.

ReproduçãoChefe Executivo da Uber, Dara Khosrowshahi. Foto: REUTERS/Anushree Fadnavis

Impacto

A pandemia do novo coronavírus atingiu os negócios da Uber em um momento em que a empresa está revisando sua estratégia de “crescimento a qualquer custo”. Khosrowshahi já vinha adotando uma política de corte de custos antes mesmo do surto global de Covid-19, na tentativa de colocar os negócios da companhia no rumo da lucratividade.

A crise, no entanto, afeta acentuadamente o serviço de corridas que, até antes da pandemia, era responsável por três quartos da receita global da Uber. De acordo com o The Wall Street Journal, em abril, as operações do aplicativo de transporte recuaram 80% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Ao passo que medidas de isolamento social começam a ser relaxadas nos Estados Unidos e alguns países da europa, a Uber ainda enfrenta a incerteza se a demanda pelo serviço de corridas da empresa retornará ao patamar anterior à pandemia. E, se isso acontecer, como garantir a segurança de motoristas e passageiros.

Em resposta, a companhia investiu cerca de US$ 50 milhões (R$ 286 milhões em conversão direta) para comprar suprimentos para seus colaboradores, incluindo máscaras e desinfetantes. Além disso, o aplicativo agora requer que os motoristas parceiros capturem selfies para confirmar que estão usando máscaras durante as viagens realizadas na plataforma.

Fonte: The Wall Street Journal

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital