Pesquisa indica que americanos gargarejam com desinfetante para evitar Covid-19

Estudo do CDC diz que 39% dos entrevistados se engajam em comportamentos arriscados com produtos de limpeza
Renato Santino06/06/2020 01h11

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Desde o início da pandemia da Covid-19, não faltaram boatos malucos com recomendações infundadas sobre como se proteger contra o coronavírus. Aparentemente, muitas dessas acabam realmente sendo testadas, por mais arriscadas que sejam.

Segundo uma pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), muitas pessoas estão usando produtos de limpeza de formas que não deveriam. As estimativas do órgão apontam que 39% dos americanos utilizaram esses itens de forma perigosa.

Reprodução

Foram 502 americanos adultos entrevistados online, com a utilização de métodos estatísticos para extrapolar as descobertas para o restante da população, como relata o site Ars Technica.

O comportamento considerado inseguro pelo CDC mais comum é lavar frutas, verduras e legumes utilizando água sanitária, praticado por cerca de 20% das pessoas. O segundo mais comum é a utilização de produtos de limpeza domésticos para desinfectar a pele ou as mãos.

Aí entram os comportamentos mais arriscados e, felizmente, mais incomuns. Por volta de 10% revelaram já ter borrifado seus próprios corpos com sprays de álcool ou outros produtos de limpeza, cerca de 6% disseram ter inalado os vapores de produtos como água sanitária. Enquanto isso, por volta de 4% admitiram ter bebido ou feito gargarejo com soluções de produtos de limpeza, água sanitária ou água e sabão.

Obviamente, após fazer algum desses usos inadequados, 25% dos entrevistados também perceberam efeitos como tontura, irritação na pele, náusea e problemas para respirar.

Os pesquisadores concluíram em seu estudo que, “apesar das falhas de conhecimento e práticas de alto risco identificadas nessa pesquisa, a maioria dos entrevistados acreditam conhecer como limpar e desinfectar suas casas de forma segura; portanto, mensagens de prevenção devem destacar essas falhas no conhecimento sobre práticas seguras e eficazes e oferecer informações direcionadas usando estratégias de comunicação inovadoras (como as mídias sociais) sobre limpeza e desinfecção”.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital