OMS: 200 remédios estão sendo testados para tratar novo coronavírus

Pesquisadores estão analisando antivirais desenvolvidos para combater doenças como malária, ebola e HIV. Uma vacina, entretanto, dificilmente ficará pronta em menos de um ano
Renato Mota19/03/2020 21h51

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Cerca de 20 pesquisas globais paralelas estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina para o Covid-19, enquanto aproximadamente 200 ensaios clínicos com medicamentos antivirais estão sendo testados para tentar conter o novo coronavírus. As informações são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que nesta semana anunciou uma iniciativa para acompanhar pequenos ensaios com diferentes metodologias sobre tratamentos para a pandemia.

“Tem vários medicamentos antivirais sendo estudados. Alguns dos medicamentos de combate ao sida, ou HIV, vêm sendo utilizados nesses ensaios clínicos, como o ritonavir e o darunavir, mas ainda não tem resultados se eles vão funcionar ou não. Existe também um outro medicamento novo que foi desenvolvido inicialmente para tratar pessoas com ebola e que acabou tendo outras opções de tratamento mais efetivas”, explica a diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, Mariângela Simão.

Em entrevista à ONU News, de Genebra, Mariângela – que também é secretária-geral assistente das Nações Unidas – afirma que uma vacina viável para a doença dificilmente virá em menos de um ano.

“O que se fala agora é que várias drogas antigas estão sendo pesquisadas para um novo propósito. Há que aguardar os resultados desses estudos clínicos. Mas até ao momento atual não tem nenhum estudo que mostre que este ou aquele medicamento são eficazes no combate à epidemia”, completa a diretora da OMS.

Sem uma cura à curto prazo, a agência reforça a importância das medidas com relação às questões individuais de lavar as mãos, e quando possível usar o álcool na higienização. A OMS revelou que atua com parceiros para examinar e comparar diversos tratamentos ainda não testados. A meta é tornar essas soluções robustas e identificar quais seriam as mais eficazes.

Via: ONU News

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital