Em tempos de incertezas e preocupações causadas pela pandemia de Covid-19, qualquer substância que possa ajudar no combate ao novo coronavírus é vista com otimismo. Nesse cenário, o medicamento cloroquina ganhou o noticiário na semana passada.
Usada no tratamento de malária, lupus e artrite reumatoide, ela ganhou destaque depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que resultados iniciais mostram que seu uso pode melhorar a situação de contaminados pelo novo coronavírus. No sábado, o presidente Jair Bolsonaro pediu que se aumente a produção da substância no Brasil. Muitos especialistas, entretanto, questionam sua eficácia no tratamento de Covid-19.
As declarações de Trump e Bolsonaro, somadas ao medo causado pela epidemia de Covid-19, fizeram muitos comprarem o medicamento nas farmácias brasileiras. O resultado? Pacientes com lupus, artrite reumatoide e malária ficaram sem um medicamento essencial em seu tratamento.
Com a falta do medicamento para doentes que realmente precisam dele, a Anvisa determinou que ele só pode ser vendido com a apresentação de receita médica. A automedicação com cloroquina não é recomendável. Além de não ser comprovadamente efetiva no combate ao novo coronavírus, usá-la pode causar efeitos colaterais e sequelas.
Por enquanto, o melhor a fazer é seguir as recomendações das autoridades médicas. Então, lave as mãos com frequência, evite contato com outras pessoas e fique em casa.