Pessoas com menos de 20 anos são 50% menos suscetíveis à Covid-19, diz estudo

De acordo com uma pesquisa feita em seis países, os sintomas da doença aparecem em cerca de 21% das crianças e adolescentes - e em 69% dos pacientes com mais de 70 anos
Renato Mota16/06/2020 15h22

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Um estudo que utilizou dados de 32 locais da China, Itália, Japão, Singapura, Canadá e Coreia do Sul observou que pessoas com menos de 20 anos são 50% menos suscetíveis à Covid-19 do que pessoas mais velhas.

Sintomas clínicos da doença pandêmica aparecem em apenas cerca de um quinto das infecções em crianças e adolescentes. Por outro lado, os sintomas de infecção do novo coronavírus aparecem em 69% das pessoas com 70 anos ou mais.

Publicado na revista Nature Medicine, o estudo comparou ainda o efeito do fechamento das escolas em surtos simulados de gripe (conhecida por se espalhar rapidamente em crianças) e Covid-19. De acordo com os pesquisadores, a interrupção nas aulas provavelmente terá um impacto limitado na transmissão da doença.

Reabrir ou não as escolas é uma questão complicada”, explica Rosalind Eggo, modeladora de doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. A pesquisadora reforça, porém, que as conclusões vêm de surtos simulados e precisam ser reforçadas com pesquisas do mundo real.

Os pesquisadores também simularam epidemias de Covid-19 em 146 capitais do mundo e descobriram que o número total esperado de casos clínicos variava com a idade média. “A estrutura etária de uma população pode ter um impacto significativo”, avalia Nicholas Davies, coautor do estudo.

“Não conseguimos estimar exatamente como os casos assintomáticos infecciosos são comparados aos casos sintomáticos”, disse Nicholas Davies. “Mas há algumas evidências limitadas de que indivíduos assintomáticos são menos infecciosos do que indivíduos totalmente sintomáticos – e há certamente uma quantidade razoável de evidências sugerindo que indivíduos assintomáticos e pré-sintomáticos são definitivamente potencialmente infecciosos”, afirmou.

Via: New York Times/Medical Express

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital