Pesquisadores da UFMG propõem usar celular para detectar o coronavírus

Técnica vai fotografar uma amostra de saliva do paciente e usar processamento de imagem para detectar a presença e determinar a quantidade do vírus Sars-Cov-2
Rafael Rigues12/08/2020 14h09

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Pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conseguiram investimento para desenvolver um novo tipo de teste rápido que usará um celular para a detecção da Covid-19.

Segundo o ICB, o estudo propõe três pontos inovadores: o desenvolvimento de anticorpos sintéticos por bioengenharia, o uso de técnicas simultâneas para detecção da doença e a integração do diagnóstico em smartphones, garantindo portabilidade e monitoramento em tempo real.

Os telefones serão usados para fotografar uma amostra de saliva do paciente, e algoritmos de processamento de imagem vão detectar a presença e determinar a quantidade do vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, na amostra.

“A diferença em relação aos testes rápidos já existentes é que este faz a análise da quantidade de vírus e não de anticorpos. Atualmente, o diagnóstico que permite identificar a doença desde a fase inicial depende de laboratórios, que necessitam do trabalho de técnicos especializados e de equipamentos de alto custo. Outro fator importante é que a ideia pode ser adaptada para identificação de outras doenças como febre amarela e dengue”, diz Maria de Fátima Leite, professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Se a ideia for bem-sucedida “existe uma enorme probabilidade de ser adaptada para uso na detecção rápida de outras doenças tropicais e/ou negligenciadas, como febre amarela, dengue, etc”, diz Maria de Fátima.

Fonte: G1 / ICB

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital