O primeiro semestre deste ano foi de prejuízo para o Nubank. A fintech registrou um déficit de R$ 95 milhões nos seis primeiros meses de 2020. Entretanto, esse valor é 32% menor do que o rombo registrado no mesmo período do ano passado.
De acordo com o diretor financeiro da companhia, Marcelo Kopel (que trocou o Itaú pelo Nubank em janeiro deste ano), o prejuízo é uma decisão da empresa. Em uma publicação no blog da fintech, Kopel diz que esse resultado era esperado como parte da estratégia de crescimento neste momento.
“Escolhemos investir na empresa, nas pessoas e no desenvolvimento de novas tecnologias para continuar entregando a melhor experiência aos nossos clientes”, escreveu o diretor financeiro. “Este modelo é bastante conhecido e usado por empresas de tecnologia”, explicou.
Nubank registra prejuízo de R$ 95 milhões em 2020. Imagem: Divulgação
O Nubank ressalta que tem R$ 19,9 bilhões em caixa e que seu número total de clientes mais do que dobrou em um ano, chegando a 26 milhões. Em média, foram 41 mil novos clientes conquistados por dia. As receitas de intermediação financeira da empresa cresceram 104%, estando atualmente em R$ 2,079 bilhões.
Segundo Kopel, assim como os outros grandes bancos, o Nubank também elevou provisões para devedores duvidosos no primeiro semestre, como forma de lidar com as dificuldades causadas pela pandemia. O aumento foi de 16%, mas o executivo não colocou essa porcentagem em valores. Kopel também ressaltou que a taxa de inadimplência foi baixa, de apenas 5,8%.
“As receitas operacionais continuam aumentando em um ritmo mais acelerado que as despesas e a nossa geração de caixa operacional se mantém sólida e em trajetória de alta”, escreveu Kopel. “Isso permite que a gente continue com nossa estratégia de crescimento – com nível de capitalização compatível com o desenvolvimento do nosso negócio”, concluiu.
A pandemia de coronavírus chegou a gerar algum impacto no volume de compras com o cartão de crédito no período inicial de quarentena, segundo o Nubank. Porém, no fim do semestre, o fluxo de transações voltou ao patamar anterior, enquanto os valores transacionados em compras com cartão de crédito cresceram 54% em relação ao mesmo período de 2019.
Via: Valor Investe