Nova criptomoeda permite lucrar com disseminação do novo coronavirus

Quantidade de CoronaCoin em circulação diminui com o aumento no número de vítimas. Moeda já valorizou mais de 4.000%
Rafael Rigues02/03/2020 13h34

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Uma nova criptomoeda chamada CoronaCoin (NCOV) promete lucro com a epidemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) em todo o mundo. Criada por um grupo de desenvolvedores europeus, a ela é baseada em um número fixo de moedas ou “tokens” que decresce à medida que a doença se espalha.

Inicialmente foram “cunhadas” 7.604.953.650 moedas, número que corresponde à população mundial estimada no momento de sua criação. A cada 48 horas, uma quantidade de tokens correspondente ao número de vítimas da doença (considerando infectados e mortos) é destruída ou “queimada”, elevando o valor individual de cada moeda ainda em circulação. Desde sua criação, 92.013 moedas já deixaram de circular.

Em declaração à Reuters, um dos desenvolvedores, que se identifica como Sunny Kemp, diz que “algumas pessoas investem porque estimam que uma grande parte do suprimento será queimada”. Apesar do mau-gosto da ideia, os desenvolvedores afirmam que é tudo por uma boa causa: “Iremos doar 20% do suprimento de CoronaCoin para a Cruz Vermelha”, diz o site.

Quando criada, em 7 de fevereiro, cada CoronaCoin valia US$ 0,00219062 (pouco menos de R$ 0,01), ou seja, o total de moedas no mundo era o equivalente a US$ 136,05 (R$ 587,73). Hoje o valor de cada moeda subiu para US$ 0,01257658 (R$ 0,057), num total de US$ 5.835,03 (R$ 26.244,21). Com isso, o total da doação seria de US$ 1.167 (R$ 5.248,12).

Fonte: The New York Post

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital