Mundo supera a marca de 2 milhões de casos confirmados de Covid-19

Ao mesmo tempo, países no mundo inteiro lutam para conseguir ampliar testes e reduzir subnotificação
Renato Santino15/04/2020 17h23, atualizada em 15/04/2020 17h40

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O coronavírus alcançou mais uma marca simbólica nesta quarta-feira (15). O número de casos confirmados da Covid-19 chegou a 2 milhões no mundo inteiro, deixando evidente o ritmo de crescimento exponencial da doença. Entre estes, estima-se que cerca de 1,38 milhão estejam ativos, com 501 mil recuperados e 131 mil óbitos.

Para se ter uma ideia da evolução da disseminação da doença, entre o primeiro caso e as 500 mil confirmações, foram necessários mais de 3 meses. Para que este número dobrasse e chegasse a 1 milhão, bastou apenas uma semana: isso aconteceu entre o dia 26 de março e o dia 2 de abril. Enquanto isso, para este novo salto, foram necessários 12 dias.

Países pelo mundo inteiro estão tentando combater o avanço da doença, com boa parte deles incentivando o distanciamento e isolamento como principal estratégia, especialmente para minimizar o impacto sobre seus sistemas de saúde. Sem leitos hospitalares para atender a todos os casos graves, a mortalidade tende a subir, e o tratamento de outras condições se torna inviável.

Neste momento, os Estados Unidos são o país mais afetado pela doença em números absolutos. Já são mais de 600 mil casos confirmados, e o número de óbitos tem aumentado em um ritmo superior a 2 mil por dia. A maior parte dos casos está concentrado em Nova York, enquanto outras regiões que apresentavam um quadro preocupante no início da disseminação do vírus, como os estados de Washington e Califórnia, conseguiram evitar, pelo menos por enquanto, um desastre como o visto do outro lado do país.

Por enquanto, as estatísticas brasileiras têm contribuído pouco para essa total de 2 milhões de casos. O Brasil conta com 25.758 casos confirmados até o momento, mas estima-se que o número de contaminados seja muito maior devido à dificuldade de diagnóstico. Primeiro, porque o governo orienta quem apresenta sintomas leves (tosse e febre leve) a não procurar ajuda em um posto médico até desenvolver os sintomas graves, como a falta de ar, o que dificulta a realização de testes em boa parte da população. Além disso, a falta de kits para testagem também atrapalha bastante.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital