Lucro do Facebook cresce, mas pandemia de Covid-19 provoca incertezas

Relatório financeiro prevê queda na arrecadação de receitas de publicidade
Equipe de Criação Olhar Digital30/04/2020 00h22

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Um número recorde de pessoas estão usando os serviços do Facebook em meio à pandemia do novo coronavírus, aponta o balanço financeiro do primeiro trimestre de 2020 da empresa, publicado nesta quarta-feira (29). O documento destaca principalmente o Messenger e o Whatsapp, que registraram aumento no engajamento de usuários de até 50% e atingiram a marca de 700 milhões de chamadas diárias.

O próprio Facebook relata, no entanto, que esses picos são temporários e projeta um cenário de incertezas econômicas para os próximos meses devido ao surto global de Covid-19. A empresa diz que espera perder “pelo menos parte desse aumento de envolvimento quando várias restrições de distanciamento social forem relaxadas no futuro”.

A companhia ainda diz ter registrado uma “redução significativa” na demanda por publicidade, bem como um declínio nos preços relacionados aos serviços de anúncios de suas plataformas – uma situação também vivenciada pela Alphabet, empresa proprietária do Google.

Reprodução

“Acreditamos que nosso desempenho comercial também pode ser impactado por questões fora de nosso controle, incluindo a duração e a eficácia de medidas de isolamento social, a eficácia de estímulos econômicos em todo o mundo e as flutuações das moedas em relação ao dólar americano”, declarou a empresa.

Além disso, em entrevista ao jornal americano The New York Times, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg disse que parte dos serviços que demonstraram crescimento durante a pandemia não são monetizados pela empresa.

Números

Por enquanto, os resultados apresentados pelo Facebook são bastante positivos. A companhia destaca o lucro de US$ 4,9 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões) no primeiro trimestre de 2020, um crescimento de cerca de 102% se comparado ao mesmo período no ano passado. Já as receitas saltaram 18%, para o total de US$ 17,7 bilhões (aproximadamente R$ 100 bilhões).

Em termos de uso da plataforma, o balanço aponta um aprimoramento de 11% nos números de usuários diários do Facebook nos três primeiros meses do ano, formando o total de 1,7 bilhão contas ativas. Já usuários ativos mensais alcançaram a marca de 2,6 bilhões.

Outro destaque do relatório consiste nas vendas dos headsets de realidade virtual do Facebook chamados Oculus. De acordo com a companhia, os dispositivos geraram uma receita de US$ 300 milhões. Trata-se de um crescimento de 80% relacionado ao primeiro quarto do ano passado.

Fonte: The Verge