Japoneses criam máscara Bluetooth que amplifica voz e permite falar ao celular

C-Mask é uma máscara inteligente que deve ser lançada em setembro deste ano
Renato Santino26/06/2020 23h26

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Enquanto a Covid-19 não estiver sob controle, as máscaras faciais devem ser uma realidade no mundo inteiro, o que tem levado empresas a criarem diferentes abordagens para esse acessório que se tornou fundamental. É o caso de uma empresa japonesa, que desenvolveu uma máscara que permite falar mais facilmente ao celular e se comunicar mais facilmente.

Chamada de C-mask, a máscara da Donut Robotics é pensada para ser colocada sobre uma máscara convencional, seja ela cirúrgica, de TNT, seja de tecido, como os tantos modelos diferentes que temos visto nos últimos tempos. Ou seja: ela não visa proteger o usuário de ser contaminado ou de propagar o vírus adiante.

No entanto, ela tem aplicação prática de proteção, como relata a agência Reuters. A máscara tecnológica se conecta ao smartphone via Bluetooth, permitindo realizar chamadas sem levar para perto do rosto o celular, que costuma carregar micróbios, incluindo o vírus causador da Covid-19. Por contar com microfone, ele pode permitir falar ao telefone mantendo o objeto a uma distância segura da face.

O equipamento também cumpre outras funções. Se você já tentou conversar com alguém de máscara, sabe que ela pode abafar a fala e dificultar a compreensão, e a impossibilidade de leitura labial dificulta a comunicação ainda mais. A C-mask vem com um alto-falante, que capta a voz do usuário e amplifica, para que quem esteja por perto possa compreender melhor.

Uma função curiosa prevista para a máscara é uma situação em que duas pessoas tentam se comunicar, mas estão separadas por uma vidraça de proteção. Nos exemplos dados pela Donut, seria possível transmitir a fala de uma das pessoas para ser reproduzida no celular da outra, fazendo com que a proteção não interfira na capacidade comunicativa.

Reprodução

Por fim, os criadores preveem outra utilidade: tradução. A C-Mask foi pensada para ser capaz de traduzir o japonês para oito idiomas diferentes, viabilizando a conversa entre duas pessoas que não dominam a mesma linguagem. O recurso foi pensado para fazer parte de outro robô da empresa, chamado Cinnamon, mas foi aplicado na máscara. A função dependerá do pagamento de uma assinatura, no entanto.

Quem quiser uma C-Mask não pagará barato por ela. A empresa espera vender cada unidade por cerca de R$ 220 (já convertido pela cotação atual do dólar), e planeja ter 5.000 máscaras para vender no Japão em setembro. A empresa também espera levar o produto para outros países, incluindo Estados Unidos, China e também no continente europeu.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital