Uma empresa de tecnologia canadense conseguiu prever que o coronavírus chegaria a Bangkok, Seul, Taipei e Tóquio, após sua aparição em Wuhan, na China. Até a tarde desta segunda-feira (27), a epidemia já causou 81 mortes e infectou 2.700 pessoas, segundo dados oficiais. 

A BlueDot utiliza inteligência artificial para identificar, contextualizar e antecipar riscos de infecção por doenças infecciosas ao redor do mundo. A tecnologia funciona graças a um algoritmo que reúne e analisa notícias, redes oficiais de informações sobre saúde pública, dados globais de passagem aéreas e dados demográficos de vários países. 

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Dessa forma, além de calcular o risco de infecção em uma determinada área, o sistema também é capaz de antecipar quando uma região pode ser afetada pela epidemia e emite alertas para  instituições governamentais e organismos ligados à saúde pública. 

BlueDot/reprodução

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Além do algoritmo, a análise humana é outra parte fundamental do programa: após o sistema reunir e analisar informações automaticamente, uma equipe de epidemiologistas da BlueDot avalia a validade científica dos resultados apresentados pela máquina. As informações então são contextualizadas em relatórios enviados para dezenas de países, companhias áreas, hospitais e instituições de governo. 

De acordo com o site da empresa, o sistema de alertas foi capaz de prever a chegada do vírus Zika à Florida, nos Estados Unidos, com seis meses de antecedência. Atualmente, 12 países e uma série de hospitais na América do Norte já utilizam a tecnologia.

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