Dependendo da superfície, o vírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da Covid-19, pode ficar ativo por um período entre 24 horas e três dias. Por isso, há uma preocupação com a desinfecção de locais como maçanetas, corrimãos e outros lugares que as pessoas normalmente colocam as mãos. Mas uma superfície pode ser vetor para contaminação e é frequentemente esquecida: o chão.

Para contribuir com a descontaminação da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SP), o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP cedeu dois Rodos UV-C desenvolvidos na própria instituição. Com pouco esforço, os aparelhos conseguem descontaminar grandes superfícies, evitando a propagação do vírus através dos sapatos.

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O uso da radiação ultravioleta para esterilizar ambientes tem sido um dos recursos tecnológicos utilizados mundo afora no combate ao novo coronavírus. Para tal, é necessário que o comprimento de onda da luz varie entre 200 a 280 nm – a chamada radiação UV-C, faixa mais deletéria entre as classificações do espectro eletromagnético.

Cada tipo de radiação UV é responsável por causar algum dano biológico. A radiação UV-A (320 a 400 nm) provoca alterações na pele, especialmente envelhecimento, enquanto a radiação UV-B (280 a 320 nm), além de atuar no envelhecimento da pele, é a principal responsável por causar mutações genéticas que levam ao desenvolvimento de câncer.

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Os responsáveis pela descontaminação do hospital devem aplicar a radiação dos rodos durante um minuto em cada metro quadrado da superfície a ser esterelizada. A radiação UV-C destrói a capa proteica e o material genético de qualquer vírus.

Via: Jornal da USP