Cuba inicia testes de vacina contra Covid-19

Primeira fase de testes conta com grupo de 20 voluntários; os resultados são previstos para fevereiro de 2021
Redação25/08/2020 17h40, atualizada em 25/08/2020 19h34

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Nesta terça-feira (25), Cuba deu início aos primeiros testes da “Soberana 01”, vacina de combate ao coronavirus. O experimento preliminar conta com um grupo de voluntários entre 19 e 59 anos, com resultados previstos para fevereiro de 2021. As pessoas selecionadas foram convocadas ao Centro Nacional de Toxicologia (Cenatox), localizado em Havana.

Para que a vacina fosse aplicada, todos os voluntários tiveram que assinar um termo de responsabilidade, certificando-se da ciência de riscos ou efeitos colaterais que podem ocorrer. Através dos testes preliminares, espera-se que mais 676 pessoas sejam submetidas ao medicamento.

“Considero que é uma honra poder estar aqui. É uma satisfação pessoal. Estou convencido que há milhares de cubanos que queriam estar aqui”, disse Baltasar Pérez, um dos 20 primeiros voluntários, em entrevista à emissora estatal de Cuba.

Para a segunda fase, após rigoroso estudo e condicionamento, são planejadas aplicações da vacina em idosos entre 60 e 80 anos. “Já temos os 20 primeiros voluntários. O teste clínico conta com duas etapas. A primeira será do grupo de 19 a 59 anos de idade”, afirmou Meiby Rodriguez, diretora de investigações clínicas do Instituto Finlay, especializado em vacinas.

shutterstock_1721601430.jpgMédicos acreditam que em fevereiro já estarão prontas as próximas fases do estudo. Créditos: Shutterstock.com

Cuba segue produzindo sua própria vacina, mesmo depois de despertar o interesse russo em fabricar seu medicamento em solo cubano. O país ainda não se pronunciou quanto ao convite e deu prosseguimento ao projeto próprio.

Pesquisadores do ocidente não se sentiram confortáveis diante da vacina russa, o que pode retardar sua chegada a este lado do mapa.

Caso de reinfecção

Nesta segunda-feira (24), pesquisadores de Hong Kong confirmaram um caso de reinfecção por coronavirus. Aos 33 anos, o homem foi o primeiro do mundo a ser diagnosticado pela segunda vez.

O paciente foi hospitalizado em março desse ano, ficando cerca de um mês em tratamento intensivo. Alguns meses se passaram e o homem, de identidade não revelada, contraiu o vírus novamente após viagem à Espanha. Ainda que ele esteja infectado, não apresenta nenhum sintoma. Estudos anteriores já mostraram que anticorpos produzem uma proteção temporária ao vírus.

Constatação pode afetar a produção de vacinas e aprofundar, ainda mais, os estudos de caso.

Fonte: UOL

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital