Covid-19: máscara N95 ganha versão reutilizável feita de silicone

Novo modelo possui entrada para dois filtros de polipropileno e se ajusta a qualquer tamanho e formato de rosto graças a sistema projetado com modelagem 3D
Fabiana Rolfini23/07/2020 18h37, atualizada em 23/07/2020 18h40

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Cientistas da Universidade de Harvard e do MIT conseguiram melhorar a máscara N95, que já era considerada uma das mais eficazes para bloquear a transmissão de partículas de coronavírus pelo ar.

Diferente do modelo atual feito de fibras de polipropileno, o que exige seu descarte após após ser exposto ao vírus, agora o novo protótipo desenvolvido com borracha de silicone pode ser reutilizado, depois de ser esterilizado.

Segundo os pesquisadores, a novidade vai salvar a vida dos profissionais de saúde de todo o mundo. Devido à escassez das atuais N95 no mercado, muitas vezes eles precisam aplicar métodos não comprovados para limpar e reutilizar seus EPIs (equipamentos de proteção individual).

Reprodução

Nova máscara pode salvar a vida dos profissionais de saúde no mundo todo. Foto: Reuters

A nova máscara conta com entrada para dois filtros de polipropileno. Ela é equipada com o iMasc (Injeção Moldada Autoclavável, Escalável, Conformável), sistema projetado com uma modelagem 3D para simular o comportamento e a deformação do design de silicone quando usado em diferentes formatos e tamanhos de rosto.

Conforme estimativa dos desenvolvedores, o custo aproximado das máscaras pode ser de aproximadamente US$ 7 cada (cerca de R$ 36), enquanto os filtros custariam em média US$ 0,50 cada (R$ 2,50). Para comparação, as máscaras N95 tradicionais custam em média um dólar cada (R$ 5).

As melhores e piores máscaras de proteção

Um estudo da Universidade do Arizona utilizou dados de diferentes pesquisas para criar um modelo computacional que simula o nível de proteção de cada material em um ambiente altamente contagioso.

Segundo a análise, o modelo N95, juntamente com as máscaras cirúrgicas, é o segundo mais eficaz contra o vírus. Ele só perde para a N99, com eficácia de 99%. Porém, esta máscara é difícil de ser encontrada e geralmente é reservada aos profissionais de saúde.

Em seguida, estão os modelos feitos de algodão, que aumentam a eficácia de acordo com a espessura do tecido e, por último, os tecidos menos eficazes foram os lenços e máscaras de cotton.

Em todos os materiais de máscara estudados, incluindo os modelos mais eficazes, a proteção diminui significativamente ao longo do tempo de exposição ao ambiente contagioso. Mesmo usando a máscara, quanto maior tempo nesses espaços maior o risco de contaminação. Ou seja, a máscara por si só não é suficiente para uma proteção total contra o vírus.

Via: Uol

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital