Durante coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (5), o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, confirmou que a imunização contra a Covid-19 em São Paulo priorizará educadores e portadores de doenças crônicas logo após os profissionais de saúde. O governo de São Paulo, por meio de uma parceria entre a farmacêutica chinesa SinoVac e o Instituto Butantan, estão testando a vacina conhecida como CoronaVac.

No dia 30 de setembro, o governador do estado, João Dória (PSDB-SP), assinou um contrato que assegurava 46 milhões de doses da medicação, mas ela ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Educadores deverão ser o segundo grupo vacinado. O número de servidores da rede estadual de ensino chega a 250 mil [pessoas]. Nós também incluiremos servidores municipais e da rede privada. Depois serão os portadores de doenças crônicas”, disse o secretário. A medida é parte do plano de imunização populacional promovido pelo governo de São Paulo, que antecipa o início da campanha de vacinação para 15 de dezembro, caso as pesquisas e aprovações ocorram como planejado.

ReproduçãoO governador de SP, João Dória, com a vacina CoronaVac: vacinação contra a Covid-19 pode começar em dezembro, caso medicamento seja aprovado pela Anvisa. Imagem: Divulgação/Governo de SP

Atualmente, a CoronaVac está em sua fase final de testes, em que uma ampla gama de voluntários – cerca de 9 mil pessoas – está recebendo ou a medicação ou algum placebo. Se tudo correr bem neste momento decisivo, o imunizante será direcionado à Anvisa para aprovação. Das 46 milhões de doses contratadas, o governo receberá da SinoVac cerca de 6 milhões, seguidas de insumos médicos para que o próprio Instituto Butantan produza os outros 40 milhões localmente. O valor assinado é de US$ 90 milhões (R$ 504,13 milhões em conversão direta).

Outra vacina

Paralelo à CoronaVac, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca também segue em estado avançado de testes. Segundo as informações noticiadas pelo Olhar Digital nesta terça (6), um programa de vacinação pode ser implementado no Reino Unido em três meses, efetivamente imunizando a população adulta da região “nos próximos seis meses”. Neste caso, porém, o programa excluiria crianças.

Recentemente, a Agência de Medicina Europeia (European Medicines Agency) confirmou que estava avaliando dados da vacina pesquisada pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, em tempo real – algo inédito na história do órgão, com o objetivo de acelerar o processo de aprovação do medicamento para a região.

A notícia solidificou ainda mais a posição do imunizante de Oxford, que já vinha sendo enxergado pelo mundo como o projeto mais avançado contra o novo coronavírus, que atingiu recentemente a marca de um milhão de mortos.

Fonte: O Globo