Covid-19: Google mostra onde as quarentenas estão sendo respeitadas

Informação é baseada nos dados que já são compartilhados voluntariamente pelos usuários e usados para indicar o movimento em lojas e outros locais no Google Maps
Rafael Rigues03/04/2020 12h31, atualizada em 03/04/2020 12h33

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O Google está usando os dados de localização compartilhados por seus usuários para elaborar o que chama de “Relatórios de Mobilidade Comunitária”, criados para ajudar as autoridades a saber se a população está seguindo as recomendações de distanciamento social durante a pandemia de Covid-19.

Mas calma, não se trata de “espionagem”. A empresa irá usar dados que já são compartilhados voluntariamente por usuários de smartphones Android, os mesmos que já são usados para mostrar no Google Maps o movimento em uma loja.

Este recurso vem desativado por padrão, e deve ser ativado manualmente. Para saber se você está compartilhando sua localização, vá em Configurar / Localização / Compartilhamento de local do Google. Estes dados podem ser excluídos pelo usuário se desejar. Mesmo que você esteja compartilhando seus dados, a empresa garante que eles foram tratados para tornar impossível a identificação de um usuário individual.

O primeiro relatório para o Brasil é datado de 29 de março (domingo passado), e mostra os dados agregados do país e também individualmente de cada estado. Segundo o documento a movimentação em lojas e locais de recreação caiu 71%, quando comparada à média nos domingos entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro.

A queda no movimento em mercados e farmácias foi de 35%, e de 34%. Parques tiveram uma redução de 70%, e nas estações de transporte público o movimento caiu 62%. O único ponto que apresentou alta foram as residências, com 17% a mais de movimento.

De acordo com o Google, os relatórios serão divulgados com dois ou três dias de atraso, tempo necessário para que as informações sejam processadas. A periodicidade de atualização não foi definida.

“Estes são tempos sem precedentes e continuaremos a avaliar esses relatórios à medida que obtivermos feedback das autoridades de saúde pública, grupos da sociedade civil, governos locais e a comunidade em geral. Esperamos que essas ideias sejam adicionadas a outras informações de saúde pública que ajudem as pessoas e as comunidades a permanecerem saudáveis e seguras”, diz a empresa.

Fonte: Google

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital