O laboratório Gilead, fabricante do antiviral remdesivir, anunciou nesta semana que abriu mão da patente do medicamento que apresentou resultados positivos para o tratamento da Covid-19. A intenção é facilitar o acesso do remédio em mais de 127 países.
A maior parte dos países que vão receber o benefícios são nações pobres da América Latina, Ásia e África, além de países de renda média, potências regionais e emergentes, como África do Sul, Egito, Nigéria, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia e Ucrânia. Na América do Sul, apenas Guiana e Suriname estão na lista.
O acordo é válido enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) definir a crise do novo coronavírus como pandemia ou até que uma vacina ou medicamento mais eficaz sejam encontrados. O remdesivir, inicialmente criado para o tratamento de ebola, conseguiu reduzir o período de internação de pacientes com Covid-19 em até quatro dias.
Apesar disso, a Anvisa ainda não liberou o uso do medicamento no Brasil. A agência fez uma reunião com o laboratório Gilead em 6 de maio para discutir a comercialização do remdesivir no país, mas está esperando o resultado de testes clínicos para tal.
Via: Folha de S.Paulo