Coronavírus sobrevive até 28 dias em telas de celular, diz estudo

Segundo estudo de órgão australiano, o coronavírus pode sobreviver até 28 dias também em dinheiro de papel, aço inoxidável e vinil
Wellington Arruda12/10/2020 12h22, atualizada em 12/10/2020 12h40

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Uma nova pesquisa sugere que o coronavírus (Sars-Cov-2) pode sobreviver até 28 dias em telas de celulares, dinheiro em espécie, aço inoxidável e vinil. Realizada pelo órgão australiano CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation), ela aponta que o vírus pode permanecer infeccioso também em outras estruturas de vidro.

A descoberta da agência sugere que o vírus que causa a Covid-19 sobrevive por mais tempo do que se pensava também em temperaturas mais baixas. Segundo a pesquisa, ele pôde sobreviver em notas de papel e de plástico quando mantidos a 20º C.

“A 20º, que é aproximadamente a temperatura ambiente, descobrimos que o vírus era extremamente robusto, sobrevivendo por 28 dias em superfícies lisas”, disse a vice-diretora do ACDP, Dra. Debbie Eagles.

Também foram feitos experimentos com temperaturas ajustadas em 30º e 40º, que também diminuíram o tempo de sobrevivência do vírus. Em experimentos semelhantes com o vírus da gripe, ele pôde sobreviver por 17 dias.

Limpe as superfícies

Reprodução

Pesquisa reforça, além de lavar as mãos, que usuários também limpem superfícies como os próprios celulares. Imagem: Jeshoots (Unsplash)/Reprodução

Os experimentos foram realizados em um local escuro, pois a luz ultravioleta demonstrou matar o vírus. De acordo com Peter Collignon, professor de doenças infecciosas da Australian National University, lugares como parques infantis são provavelmente mais seguros “porque a luz ultravioleta está lá e o vírus pode ser inativado”.

Comumente, o coronavírus é transmitido pela fala, tosse ou espirro, pois “a transmissão está relacionada a estar perto de pessoas que tossem ou espirram sobre você”. Segundo o professor, “provavelmente, cerca de 10% da transmissão será feita apenas pelas mãos e superfícies”. O estudo reforça, no entanto, práticas como lavar as mãos regularmente e limpar as superfícies.

Segundo Eagles, ainda não foi possível determinar o papel das superfícies na transmissão, grau de contato “e a quantidade de vírus necessária para a infecção”. Mas “estabelecer por quanto tempo o vírus permanece viável em superfícies é crítico para o desenvolvimento de estratégias de mitigação de risco em áreas de alto contato”.

Fonte: The Guardian

Wellington Arruda é editor(a) no Olhar Digital