Coronavírus: Falta de componentes pode deixar celulares mais caros

Surto de Covid-19, que afetou a produção de peças na China, já começa a impactar fábricas de eletrônicos no Brasil
Renato Mota02/03/2020 18h10

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A falta de componentes, que está afetando a afetar o mercado de tecnologia nacional, pode fazer subir os preços dos eletrônicos para o Dia das Mães – especialmente os smartphones. O impacto está sendo causado pelo surto de coronavírus na China, que atinge diretamente as empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM), levando a medidas como redução de jornada de trabalho, férias coletivas e licença remunerada.

“Os estoques estão reduzindo. E o risco de uma parada nas linhas não é pequeno e aumenta a cada semana. Não tivemos a confirmação de novos embarques vindos da China”, declarou o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, ao site Telesíntese. A expectativa é que, partir de março, empresas que já estão com o estoque baixo podem ficar sem componentes.

Para diminuir o prejuízo, algumas fábricas planejam reduzir a jornada de trabalho já a partir de março. Cerca de 48 mil trabalhadores podem ser afetados com a suspensão na linha de montagem só no setor de eletroeletrônicos, que representa 28% do lucro da ZFM. Um levantamento da Associação Brasileira Elétrica e Eletrônica (Abinee) aponta que 57% das fabricantes brasileiras se dizem afetadas pela crise de abastecimento causada pelo coronavírus.

E o problema não está só em Manaus. A fábrica da LG, localizada na cidade de Taubaté (SP), anunciou paralisação de 10 dias a contar desta segunda-feira (2). Enquanto isso, a Flextronics, que monta os produtos da Motorola no Brasil em Jaguariúna (SP), já havia dado férias coletivas para seus funcionários entre 17 e 28 de fevereiro e anunciou que fará isso novamente entre os dias 9 e 28 de março.

Segundo a Folha de S. Paulo, essas duas são as empresas impactadas mais gravemente até o momento, mas não são as únicas. A fábrica da Samsung, localizada em Campinas (SP), também paralisou a produção por três dias, entre 12 e 14 de fevereiro, mas retomou as atividades desde então.

Via: Telesíntese

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital