Coronavírus atrasa planos da Nasa para levar astronautas até a Lua

A construção do sistema de lançamento e da cápsula da tripulação do programa Artemis teve que ser interrompida com o fechamento de dois centros de desenvolvimento da agência espacial
Renato Mota20/03/2020 17h59

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A pandemia do coronavírus está afetando também as pesquisas relacionadas a exploração espacial. A Nasa anunciou que está encerrando a produção e os testes do seu futuro foguete espacial depois que um dos funcionários do Stennis Space Center testou positivo para o Covid-19.

Dois centros de desenvolvimento da agência espacial, o já citado Stennis Space Center, no Mississippi, e o Michoud Assembly Facility, na Louisiana, passaram para o “Estágio 4” do quadro de resposta da Nasa para lidar com epidemias. Esse é o estágio mais estrito na escala, obrigando os funcionários a trabalhar à distância e suspendendo todas as viagens.

“Embora não haja casos confirmados em Michoud, a instalação está migrando para o Estágio 4 devido ao crescente número de casos de Covid-19 na área local”, explicou o admimistrador da Nasa, Jim Bridenstine, em uma postagem no site da agência. O acesso a Stennis e Michoud será limitado somente ao pessoal necessário para manter a segurança do centro.

Os dois centros desempenham papéis críticos no desenvolvimento tanto do Space Launch System (SLS),  sistema de foguetes que será utilizado nas próximas missões de espaço profundo do programa Artemis, quanto da cápsula Orion, que levará a tripulação. “As equipes da Nasa concluirão um desligamento ordenado que colocará todo o hardware em uma condição segura até que o trabalho possa ser retomado”, escreveu Bridenstine.

Este não é o primeiro atraso no projeto do SLS. Originalmente previsto para ser lançado em 2017, foguete não deve sair do chão antes do final do próximo ano, com seu primeiro voo com a tripulação planejado para 2022 ou 2023. Sem ele, a missão que pretende levar a primeira mulher astronauta para a Lua corre sério risco.

“Percebemos que haverá impactos nas missões da Nasa, mas nossas equipes trabalham para analisar o cenário completo e reduzir os riscos, e entendemos que nossa principal prioridade é a saúde e a segurança da nossa força de trabalho”, avalia o diretor.

Via: The Verge/Nasa

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital