Companhias aéreas chinesas oferecem voos ilimitados para sobreviverem

Até agora, pelo menos oito empresas lançaram acordos ultra baratos para atrair viajantes e retomarem os ganhos perdidos com a pandemia do coronavírus
Fabiana Rolfini28/07/2020 14h08, atualizada em 28/07/2020 14h23

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A China Southern é a mais recente companhia aérea chinesa a oferecer acordos ultra baratos a fim de atrair viajantes após os bloqueios decorrentes da pandemia do novo coronavírus.

Até agora, pelo menos oito companhias aéreas chinesas lançaram esquemas similares que, segundo suas expectativas, vão impulsionar o setor de aviação doméstica naquele país.

A Lucky Air, que divulgou ofertas para voos domésticos ilimitados em 13 de julho, anunciou dois dias depois que havia atingido a capacidade de passes mensais e sazonais para passageiros. As ofertas, válidas entre um mês e um ano, começam em 1.588 yuanes (US$ 227) por pessoa, para voos ilimitados durante 31 dias.

Outros exemplos atrativos são o pacote da Spring Airlines para crianças que viajam com seus pais e os voos ilimitados de finais de semana da China Eastern.

Reprodução

China Southern tenta atrair viajantes para se recuperar. Foto: Agencies

Recuperação econômica

A economia da China está se recuperando gradualmente desde o início do surto de coronavírus. Na última sexta-feira (24), a Administração de Aviação Civil da China (CAAC, em inglês) informou que os voos diários retornaram em quase 80% em relação ao período anterior à pandemia.

A indústria de aviação chinesa perdeu 34,25 bilhões de yuans (US$ 4,89 bilhões) no segundo trimestre deste ano, depois que Pequim tomou medidas drásticas para conter a propagação do coronavírus que surgiu pela primeira vez na cidade de Wuhan.

Vale lembrar que, quando o vírus começou a se propagar globalmente, governos de todo o mundo começaram a limitar as viagens de países com alto risco de contágio, com a China dando um passo adiante em março para cortar drasticamente as rotas de voo e impedir a maioria dos estrangeiros de retornar.

Nova onda de Covid-19

Em junho, os dois aeroportos de Pequim anunciaram o cancelamento de 70% das viagens originalmente planejadas para a cidade. A medida foi tomada por causa do ressurgimento de casos de Covid-19 na capital da China, que enfrenta uma segunda onda da doença.

Além disso, as autoridades da cidade pediram aos moradores que evitem viagens não essenciais para fora de Pequim e ordenaram o fechamento das escolas. Diversas outras cidades impuseram uma quarentena obrigatória a todos os viajantes com origem na capital.

Antes do ressurgimento de infecções, Pequim ficou dois meses sem registrar nenhum caso, e a vida na cidade estava voltando à rotina normal.

Via: TechXplore


Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital