Apple e Google se unem para usar Bluetooth de celulares para rastrear coronavírus

Em comunicado conjunto, empresas pretendem usar a tecnologia para permitir que as pessoas saibam se passaram por perto de alguém contaminado
Renato Santino10/04/2020 18h27, atualizada em 10/04/2020 18h30

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Apple e Google anunciaram nesta sexta-feira (10) um esforço em conjunto para monitorar o coronavírus por meio do Bluetooth de iPhones e smartphones Android. As empresas criarão uma fundação interconectada para que aplicativos sejam capazes de fazer o rastreamento de contatos, que pode indicar se um usuário esteve perto de alguém contaminado.

As empresas liberarão APIs em maio e darão acesso a elas para autoridades de saúde pelo mundo, para que essas organizações possam criar aplicativos para contenção da Covid-19. Nos meses seguintes, essa ferramenta de rastreamento via Bluetooth será integrada de forma nativa ao Android e ao iOS.

Segundo as duas empresas, a segunda solução é mais robusta do que uma API por alguns motivos. Primeiro, ela dá a oportunidade para que mais pessoas participem, tornando o sistema mais eficaz. Além disso, isso permite a interação com mais aplicativos de autoridades de saúde pública.

Diante das inevitáveis questões relacionadas à privacidade, as duas empresas estão reforçando que o sistema será “opt-in”, o que significa que o usuário precisa ativamente dar o seu consentimento para ser incluído neste sistema. “Privacidade, transparência e consentimento são de extrema importância neste esforço, e esperamos construir essa funcionalidade em consulta com todas as partes interessadas”, diz o comunicado conjunto. Google e Apple também dizem que pretendem publicar abertamente informações sobre esse projeto para análise ampla.

O sistema foi detalhado em documentos publicado pelas empresas nesta sexta-feira. Na prática, a ideia é usar os sinais de rádio do Bluetooth, que posseum um alcance razoavelmente baixo, para que os celulares se comuniquem de forma passiva. Isso permite que cada dispositivo guarde um registro de outros aparelhos que estiveram em suas proximidades. Se o dono de um dos smartphones que passou perto de você for diagnosticado, você pode ficar sabendo, mesmo sem conhecer a identidade do paciente.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital