No momento de crise, as pessoas estão se unindo para apoiar iniciativas pelo bem maior. Agora, um número recorde de pessoas ao redor do mundo está oferecendo o poder de seus computadores para apoiar pesquisas de combate ao coronavírus graças ao projeto Folding@Home, criado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA.
A iniciativa viu o número de participantes disparar nos últimos dias, com 400 mil novos colaboradores, o que é um salto de nada menos do que 1.200%. Graças a eles, o projeto hoje tem um potencial de 470 petaflops de poder de processamento, o que é mais do que os 7 supercomputadores mais potentes do planeta somados.
O projeto não é nada novo, e já existe desde a década de 2000, mas agora os esforços foram direcionados para o coronavírus. As máquinas associadas ao Folding@Home se dedicam à simulação um processo conhecido como protein folding (daí o nome), ou, em bom português, enovelamento de proteínas.
Com esse processo, é possível entender de uma forma mais precisa como o vírus se comporta, permitindo desenvolver tratamentos mais eficazes. Vale a pena notar, no entanto, como qualquer pesquisa científica, o esforço pode não dar resultados práticos, mas não significa que não vale a pena tentar.
Um processo similar já mostra sinais promissores. Pesquisadores conseguiram isolar 77 componentes que podem ser eficientes no combate ao coronavírus utilizando o supercomputador Summit, que hoje ocupa o topo da lista dos mais poderosos do planeta.
Quem quiser fazer parte deste esforço pode baixar o software no site oficial. Há aplicativos para Windows, Mac e Linux disponíveis neste link.