Pesquisadores da Fiocruz Amazônia concluíram o primeiro sequenciamento do genoma completo do SARS-CoV-2 na região Norte, e observaram que o vírus passou por 11 mutações em relação à primeira amostra que foi sequenciada no Brasil. As análises iniciais mostraram ainda nove mutações em relação à amostra original de Wuhan, na China.

“Queremos entender se existe relação dessas variações no genoma viral no desfecho da infecção”, explica o pesquisador Felipe Naveca, que liderou a equipe que fez o sequenciamento. O objetivo é comparar o genoma do vírus com outros que circulam no Brasil e no mundo para identificar se existe um marcador de piora ou de melhora do quadro.

Os dados ainda poderão contribuir para o desenvolvimento de uma vacina ou medicamento contra a Covid-19. O primeiro genoma do vírus no Brasil foi sequenciado no Instituto Adolfo Lutz, vinculado ao governo estadual de São Paulo. Os pesquisadores brasileiros, em parceria com cientistas de Oxford, da Inglaterra, conseguiram sequenciar o código genético do Sars-CoV-2 em apenas 48 horas após o primeiro caso confirmado no Brasil.

Segundo a análise inicial, o primeiro genoma identificado no País conta com três mutações na comparação com a cepa de referência de Wuhan – sendo que duas dessas alterações se aproximam da variação encontra na região da Baviera, na Alemanha.

Via: Fiocruz Amazônia