[EXCLUSIVO] A tecnologia que pode levar à produção da vacina universal

Roseli Andrion19/03/2020 23h20

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Sempre que uma vacina é produzida, ela ataca especificamente o vírus para o qual foi preparada.  E isso pode ser difícil de fazer, especialmente para vírus que sofrem mutações constantes. Um bom exemplo desse tipo de agente é o vírus da gripe: como a superfície dele muda todo ano, é preciso atualizar a vacina a cada nova temporada.

Além disso, o desenvolvimento de uma fórmula adequada requer tempo. Só o processo de fabricação leva, em média, 18 meses. É verdade que algumas empresas já conseguem fazê-lo em menos tempo, mas ainda é essencial que haja um controle bastante rígido de todas as etapas envolvidas.

Nesse cenário, desenvolver uma vacina universal pode ser ainda mais desafiador. E a Distributed Bio não é a única com esse projeto. Há outras empresas, instituição de pesquisa e universidades buscando o mesmo. O objetivo é um só: encontrar uma vacina que proteja não apenas contra as cepas sazonais dos vírus de gripe que circulam anualmente, mas também contra cepas potencialmente pandêmicas.

A corrida para a criação da vacina universal tem ocorrido de formas distintas, com cada grupo de pesquisadores optando por uma tecnologia diferente. Jake e Sarah contam que a Distributed Bio encontrou uma forma única de fazer isso: em vez de se concentrar na mutação do vírus, optaram por usar a parte dele que não muda. A nova vacina terá o nome de Centivax.

Os cientistas contam que o primeiro teste da Centivax foi feito com porcos e concluído com sucesso. Para executá-lo, eles criaram uma unidade de pesquisa em Santiago Atitlán, na Guatemala, e Sarah decidiu ela mesma conduzir essa etapa inicial para evitar que houvesse confusão nas estatísticas. Até então, o trabalho era dividido e todos os integrantes da equipe faziam os testes. Com essa mudança, o resultado logo apareceu.

E os planos para a Centivax são ainda maiores. Embora a Distributed Bio esteja desenvolvendo uma vacina universal especificamente para as cepas da gripe, a tecnologia que a startup está usando vai poder ser aproveitada em qualquer vírus que tenha a mesma característica da mutação rápida.

Nossa conversa com os pesquisadores da Distributed Bio continua amanhã, com mais detalhes sobre as próximas etapas de desenvolvimento desse novo medicamento. Não perca!

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital