O governo da Eslovênia revogou nesta sexta-feira (15) a declaração de epidemia de Covid-19 – em vigor desde 12 de março – e reabriu suas fronteiras para cidadãos da União Europeia. Com isso, o país se tornou o primeiro da região a proclamar o fim da epidemia, após uma redução significativa no número de contágios registrados.

Apesar do relaxamento nas medidas de segurança, o gabinete do primeiro-ministro Janez Jansa reforçou que, como o risco de disseminação do coronavírus ainda persiste, “as medidas gerais e específicas adotadas na Lei de Doenças Transmissíveis continuarão sendo aplicadas com base na opinião de especialistas até 31 de maio”.

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Isso significa que residentes da UE podem cruzar as fronteiras do país com a Áustria, Itália e Hungria em postos de controle pré-determinados, mas cidadãos de fora do bloco terão que passar por uma quarentena obrigatória de 14 dias.

O primeiro caso de coronavírus na Eslovênia foi registrado em 4 de março. Até 14 de maio, o país havia confirmado 1.465 casos e 103 mortes. Nos últimos 14 dias foram registrados 35 casos, reduzindo a taxa de contágio para menos de um (o indicado por especialistas para que se inicie uma reabertura).

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O Instituto Nacional de Saúde Pública apontou que medidas para limitar a propagação da infecção continuaram, como testes, isolamento de pacientes, localização de contatos, quarentena de contatos próximos de alto risco, higiene das mãos e respeito ao distanciamento social. A obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos fechados continua em vigor. Além disso, nem todas as crianças e alunos retornarão às escolas e creches na segunda-feira (18).

Estrangeiros que chegarem à fronteira com a Eslovênia com “sinais visíveis de infecção do trato respiratório superior ou com resultado positivo no teste de coronavírus podem ter entrada negada”, afirma o governo.

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O porta-voz oficial do governo, Jelko Kacin, enfatizou que se um novo surto surgir nos países vizinhos ou se houver uma expansão significativa da Covid-19 na Eslovênia, o governo responderá à nova situação “reintroduzindo as medidas estritas de combate à epidemia”.

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